‘CRASH’ DEU-SE ANTES DO ATAQUE
Crime de sabotagem informática imputado pelo Ministério Público a Rui Pinto pode cair
ç A 11ª sessão do julgamento do processo ‘Football Leaks’ arrancou com o depoimento de David Tojal, antigo administrador de sistemas do Sporting que confirmou que o ‘crash’ do sistema de emails dos leões deu-se antes dos ataques informáticos orientados por Rui Pinto. “O primeiro erro detetado foi às 9 horas, 6 minutos e 16 segundos do dia 22 de setembro de 2015, enquanto o primeiro ataque ocorreu às 18 horas, 55 minutos e 4 segundos do mesmo dia. Quase 10 horas de depois do ‘crash’”, frisou Tojal, recordando: “A partir das 9h16 foram quase 48 horas seguidas a tentar resolver o problema.” O ex-técnico informático disse mesmo que os ataques informáticos desse dia não tiveram influência na situação que o sistema de emails do clube estava a atravessar, declaração que pode fazer com que o crime de sabotagem informática imputado pelo Ministério Público a Rui Ponte venha a ‘cair’. “Na altura não tivemos perceção de que estava a haver o ataque. Só voltámos aos registos de acesso quando sai o contrato de Jorge Jesus no ‘Football Leaks’”, assumiu David Tojal.
“PRIMEIRO ERRO FOI DETETADO ÀS 9H06 E OS ATAQUES COMEÇARAM ÀS 18H55 DO MESMO DIA”, DISSE O TÉCNICO
Durante a tarde, testemunharam Bruno Cardoso (estagiário do Sporting entre 2014 e 2015), Carlos Vieira (vice-presidente do Sporting administrador da SAD entre 2013 e 2018) e Sancho Freitas (consultor que trabalhou na assessoria da administração da SAD entre agosto de 2015 e março de 2017), três antigos funcionários do clube que viram as suas contas de email ‘hackeadas’, tendo sido retirados dessas documentos que acabaram por ser publicados no ‘Football Leaks’. Vieira frisou que a publicação do contrato de Jorge Jesus foi o que “mais impacto” teve no clube. O julgamento prossegue amanhã, com os testemunhos de Rui Caeiro, Octávio Machado, Paulo Antunes Silva, José Laranjeira, Augusto Inácio e Vicente Moura.
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