Record (Portugal)

JOÃO ALMEIDA

Camisola rosa reforça liderança na geral no dia em que Peter Sagan regressa aos triunfos

- ALEXANDRE REIS

OURO: Não há palavras para o que o ciclista português está a fazer nas estradas italianas. Mais do que aguentar a camisola rosa, o corredor de A-dos-Francos voltou a ganhar segundos graças ao 3.º lugar.

ç O sonho continua vivo após a 10ª etapa de ontem do Giro, com João Almeida a classifica­r-se em 3º lugar, o terceiro pódio nesta 103ª edição, que reforça a liderança na geral, ao bonificar 4 segundos. Se há tubarões no pelotão, o maior está a ser o português das Caldas da Rainha, a não dar tréguas, tendo sido ainda bafejado com fraquezas dos teóricos favoritos, pois o holandês Steven Kruijswijk desistiu, após o dia de descanso, ao acusar positivo à Covid-19 e o dinamarquê­s Jakob Fuglsang (21º) perdeu 1.38 minutos para o eslovaco Peter Sagan, a regressar às vitórias, secundado pelo norte-americano McNulty (a 19 seg.) e Almeida (a 23). Portugal não tinha desde José Azevedo um ciclista tão completo como Almeida, que, apesar da sua ‘inexperiên­cia’ aos 22 anos, parece talhado não só para corridas de três semanas mas também para rodar bem em todos os terrenos. Para já lidera a geral com autoridade impression­ante, detém a camisola da juventude e nos pontos ocupa o 4º lugar, sendo apenas superado pelos sprinters, o francês Arnaud Démare, Sagan e o italiano Filippo Ganna. Na geral, após oito etapas consecutiv­as de rosa ao peito (recorde de um ciclista nacional em grandes voltas), o corredor da Deceuninck-Quick-Step tem agora 34 segundos de vantagem para o holandês Wilco Kelderman (2º) e 43 para o espanhol Pello Bilbao (3º).

Na etapa de ontem (Lanciano-Tortoreto, 177 km), as nuances táticas dividiram-se entre as equipas dos sprinters e as que lutam pela geral, com Almeida a colher frutos. Sagan, três vezes campeão mundial, também ganhou, ao conquistar o primeiro sucesso no Giro, a juntar às 12 etapas do Tour e 4 da Vuelta. “Finalmente, ganhei ao meu estilo, que é dar espetáculo. Tive boas pernas e eliminei os adversário­s, controland­o a fuga”, considerou Sagan, que estava em branco desde a 5ª etapa do Tour’2019. Ruben Guerreiro, vencedor da 9ª etapa, esteve discreto, sendo 59º (a 15.51 m).

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JÁ SÃO OITO AS ETAPAS EM QUE UM CICLISTA LUSITANO LIDERA UMA GRANDE VOLTA. É UM RECORDE HISTÓRICO

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TRANQUILO. João Almeida controlou a 10.ª etapa com autoridade

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