Record (Portugal)

“Revoltado pela dualidade de critérios”

Treinador leonino vincou supremacia e considerou que o VAR reverteu mal o penálti cometido por Zaidu

- ALEXANDRE MOITA

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expulso pelas críticas à arbitragem. Entende que a sua equipa foi prejudicad­a?

- Houve dualidade de critérios e fiquei revoltado por isso. Era penálti e o Zaidu teria de ser expulso. Mas faço ‘mea culpa’, pois não devia ter dito o que disse. Ainda assim, oiço aquilo todas as semanas e momentos antes ouviu-se pior do outro lado... Mas os treinadore­s não podem dizer estas coisas. Aceito qualquer punição e castigo, já estou habituado...

– Que análise faz ao jogo?

-Tirando alguns minutos da segunda parte, fomos melhores e quisemos sempre ganhar. Fizemos um bom jogo e devíamos ter ganho. Falhámos bolas na cara do guarda-redes. Em certos momentos não entendemos onde estava o espaço... Faz parte. Mas tenho uma equipa de leões, deram tudo. Se tivéssemos perdido estaria aqui a dizer o mesmo. Estou orgulhoso deles, mas agora temos de ser leões para a semana. A grande diferença é que eu estou muito orgulhoso dos meus jogadores. Parece que o outro treinador não está com os dele. Foi um empate e perdemos dois pontos.

– Foi prejudicia­l ter ido para a bancada?

- Se nos lembrarmos, a única derrota da época foi quando voltei ao banco [LASK Linz]. Já vi jogos em casa e a equipa teve um grande comportame­nto. Somos uma equipa. É mais difícil para mim do que para eles, pois não transmito logo a mensagem, mas eles sabem o que fazer. Não fez grande diferença.

“FAÇO ‘MEA CULPA’ PELA EXPULSÃO. NÃO DEVIA TER DITO O QUE DISSE. MAS OUVI PIOR DO OUTRO LADO...”

“AS PESSOAS TÊM DE PERCEBER QUE ESTAMOS A CONSTRUIR ALGO QUE LEVA TEMPO. VAMOS SOFRER, MAS TODOS JUNTOS VAMOS CHEGAR LÁ”

– Sporar e João Mário entraram tarde?

-Foi quando sentimos que precisávam­os de jogadores diferentes e frescos, para criar outro tipo de situações. Todos têm de pensar em ganhar o lugar. O João Mário esteve muito parado, perdeu ali um ou dois lances, mas é normal.

– Esta foi a prova de que o Sporting tem uma palavra a dizer?

-Nós não temos de dar resposta a ninguém. O Sporting não deixou de ser o Sporting. O que temos de fazer é de ter noção do momento em que estamos. Sabemos que é um grupo jovem, a começar do zero, eles têm de viver com isso com naturalida­de. Mas as pessoas do Sporting têm de perceber que estamos a construir algo que vai levar tempo, não é por termos um bom jogo que estamos noutro patamar. Vamos sofrer esta época, mas todos juntos vamos chegar lá.

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Amorim lamentou expulsão

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