Honrar o jogo... e a vida
AGENTE NADA SECRETO Artur Fernandes
ç A Seleção sabe ganhar honrando o jogo. E isso passa uma influência positiva a vários países que agora acreditam que trabalhar bem a formação e apostar no momento certo pode trazer benefícios e resultados. Desde que fomos campeões europeus, muitos têm sido os sinais de esperança de seleções ditas mais pequenas quando o “chuta, chuta” de Eder nos consagrou mundialmente. Os nossos miúdos crescem com apego ao jogo limpo, mentalidade ganhadora, em saber ganhar com ética. Perceberam que a fingir faltas ou quedas, e até os ditos gestos sub-reptícios, terão vida curta com o avanço tecnológico. Acabaram-se as ‘artistices’, agora é sério e com seriedade. Neste contexto há que convencer os rapazes a não denunciar um adversário junto do árbitro para lhe mostrar um amarelo. Parece uma indignidade desnecessária já que as câmaras estão aí.
O crescimento do desporto passa pela constante credibilidade onde tudo começará e acabará na ética, sobretudo nestes tempos onde todos reclamam transparência. O futebol é porventura o melhor veículo de comunicação e um bom laboratório para analisar o ser humano. Apesar do ‘Covid show off’ destes dias, haverá sempre um dia depois da Covid; onde o bem e a integridade entrarão no futebol sem que para isso tenhamos de nos sentir frágeis face à pandemia; sem que para isso nos impinjam uma ‘app’ como forma de controlo viral não nos prometendo que esses dados não cheguem a uma seguradora; sem que para isso estejamos hoje a repensar o Natal quando há 4 semanas nos mandavam ir para a praia; sem que tenhamos de escrutinar 5 mil pessoas num estádio, 500 num pavilhão, 50 num casamento e 5 numa mesa de restaurante. Desculpem, isto é muita informação num só mês, não nos prepararam para isso.
Mas o nosso futebol mantém a coerência; jogadores portugueses, Fernando Santos e sua equipa técnica são muito bons.