DIFERENÇA MÍNIMA BEM ENGANADORA
Golos bonitos abriram caminho a uma exibição convincente a que só faltou maior reflexo no marcador
ç A segunda vitória consecutiva do Sp. Braga no campeonato esteve muito perto de ser traduzida em números bem mais expressivos, tal foi a dimensão do caudal ofensivo da equipa de Carlos Carvalhal durante a maior parte do desafio. Mas acabou por acusar um certo nervosismo nos minutos finais, quando Nuno Borges aproveitou uma segunda bola para fazer o golo de honra dos madeirenses.
O Nacional ainda não tinha perdido na Liga e trazia registos de bom futebol praticado. Viu-se isso no período inicial da primei
DANIEL GUIMARÃES DE ALTO NÍVEL, ANTES DE O GOLO DE NUNO BORGES TRAZER ALGUMA INCERTEZA AO RESULTADO
ra parte, com vontade de ter bola mas com evidente dificuldade em criar mossa ao sector defensivo do Sp. Braga. Os lances de perigo do Nacional resumem-se ao golo anulado a Riascos e ao tento assinado por Nuno Borges. Produção curta da turma de Luís Freire, incapaz de inverter a balança que Fransérgio fez pender para o lado arsenalista. Um golo de plena qualidade e inspiração, tal como o de Iuri Medeiros, que marcou de bicicleta. Estava aberto o caminho para uma noite tranquila dos arsenalistas, que a pouco e pouco foram subindo o bloco e nunca permitindo ao Nacional grandes hipóteses para o contragolpe. O Sp. Braga foi surgindo constantemente com Paulinho, Horta e Iuri na zona central do ataque;
Galeno (fez um grande jogo!) e Esgaio pelos flancos; os médios a apoiarem numa segunda linha e até Sequeira, o defesa mais à esquerda, teve margem para libertar-se. A equipa estava segura, mas seguro esteve também Daniel Guimarães. O guardião do Nacional defendeu quase tudo o que havia para defender, evitando o avolumar do resultado. Esgaio também falhou quando não podia (70’), mas o que fica para a história é este 2-1. E o Sp. Braga pode agora focar-se na estreia europeia, frente ao AEK.
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