SABER DAR A VOLTA COM QUALIDADE
Entrada de Anderson foi decisiva, perante um Marítimo previsível e desconcentrado
ç Ao quarto jogo, o Portimonense quebrou o enguiço e logo num terreno difícil, perante um Marítimo que vinha moralizado pela vitória obtida no Dragão. E conseguiu-o com inteiro mérito, principalmente pela forma como reagiu à situação de desvantagem ao abrir a segunda parte. Paulo Sérgio lançou cartada decisiva com a aposta em Anderson e deu a volta ao resultado com qualidade.
O Marítimo foi sempre uma equipa previsível, canalizando a maioria do jogo pelo lado esquerdo, através de Hermes e Correa. Mas na primeira parte desperdiçou a sua única real oportunidade através do jovem Jefferson, que permitiu a defesa a Samuel quando estava em situação privilegiada. Já com o reforço iraniano Alipour ao lado de Rodrigo Pinho, o goleador brasileiro acabaria por desbloquear o caminho e marcar o quinto golo da época, num penálti nascido de uma infantilidade de Candé (dominou a bola com o braço), mas a reação dos visitantes foi demolidora. Ainda antes da entrada de Anderson, já Dener tinha obrigado Amir a uma enorme defesa e Aylton esteve mesmo a centímetros do empate. Que acabaria por surgir numa falha de marcação da defesa madeirense, com o capitão Dener a surgir isolado e a antecipar-se ao guardião maritimista. Segura e personalizada no seu futebol, com grande dinâmica nas duas alas, a formação algarvia chegou depois ao 2-1 numa bela jogada concluída por Anderson, a passe de Aylton Boa Morte, perante a apatia contrária. Lito Vidigal procurou reagir na ponta final ao lançar Milson e Joel, mas sem resultados práticos, até porque Samuel foi um gigante na baliza visitante. Negou o empate a Irmer (76’) e a Correa (84’), numa fase em que o Marítimo jogava mais com o coração, sem a lucidez ou o discernimento que se pedia para salvar pelo menos um ponto.
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DEPOIS DE UM JOGO QUASE PERFEITO NO DRAGÃO, DEFESA MADEIRENSE COMETEU DEMASIADOS ERROS