A escolha
ç Com a legitimidade de ter servido o Benfica entre 2000 e 2003, como presidente da Assembleia Geral, tendo a honra de integrar os corpos dirigentes do clube, porventura mais relevantes de toda a sua história, venho falar-vos de um jovem que também foi então eleito (para a Direção): João Noronha Lopes.
Corporizámos, ao lado de Manuel Vilarinho e de outros benfiquistas – nos quais não se encontrava nenhum dos demais concorrentes às eleições do Sport Lisboa e Benfica, que ocorrerão no final deste mês –, a resistência à destruição do clube, opondo-nos à Direção presidida por Vale e Azevedo que, na época, era considerado imbatível; e demonstrámos que a mudança era possível.
Decorridas duas décadas, justifica-se equacionar nova mudança, alinhando o Benfica com a modernidade. Para a empreender e liderar, João Noronha Lopes é o candidato mais bem posicionado. Benfiquista dedicado, empenhado, sério e inteiro, com visão e qualidade para assumir a presidência do clube, conheci o João quando partilhámos uma intensa campanha eleitoral “para salvar o Benfica”. Guardo da época a melhor das impressões do jovem vice-presidente que, contrariado, se viu obrigado a interromper o mandato para se dedicar em exclusivo à sua vida profissional; mas que, enquanto esteve presente, contribuiu significativamente para a recuperação do Glorioso, tendo participado em processos muito relevantes, como o do aumento do capital da SAD.
Desde então o João foi mais um feroz adepto de bancada, acompanhando o clube em muitas das suas deslocações, mesmo quando vivia no estrangeiro. Na sua vida profissional – que é publicamente conhecida –, começou como advogado e foi um gestor consagrado, desempenhando funções da mais elevada responsabilidade numa das maiores multinacionais do mundo. Hoje, está disponível para o Benfica; para o servir sem limitações e com transparência.
O seu projeto consta do ambicioso programa que apresentou e a que se vinculou. As ideias que deste se extraem – com a declaração de interesses de que sou totalmente alheio ao seu conteúdo – apontam para o respeito pela democraticidade da vida do clube, característica de uma associação, e para a transparência na governação, com particular foco na gestão do clube, na marca e na sua sustentabilidade financeira, mas sem descurar a ambição desportiva, em especial no futebol. João articula o investimento no futebol com o ecletismo inerente às demais modalidades, revelando compreensão global do (único) clube que traz no coração desde a infância, que não se resume aos jogos e património, mas existe para os sócios e em razão deles; e, com o respeito que estes (lhe) merecem, propõe alterações aos estatutos que se revelam sensatas e tecnicamente corretas.
Por todas estas razões – que não são poucas –, votarei em João Noronha Lopes. Faço-o porque acredito no projeto que encabeça para devolver ao Benfica os êxitos desportivos por que tantos ansiamos.
Ao fazê-lo, não tenho de estar contra ninguém. Acredito que o candidato e o seu projeto representam o que de melhor o Benfica pode vir a ter; e confio no João, que personifica uma nova geração de que o desporto nacional tanto precisa. E isso basta-me. Íntegro, percebendo de futebol e de desporto, em geral, o João é um benfiquista dos sete costados, com vontade e ideias que, estou certo, saberá concretizar, elevando o Clube a um patamar onde estava quando ainda éramos miúdos. Para o fazer contará, seguramente, com todos os benfiquistas, realizando o nosso lema ‘e pluribus unum’.