QUE VENHA A MONTANHA
João Almeida ganhou tempo no contrarrelógio à concorrência mais direta, ao ser o 6.º mais rápido, numa etapa ganha por Filippo Ganna. Parte para a tirada de hoje com 56 segundos de avanço para Kelderman
landês da Sunweb cedeu 16 segundos, mantendo-se, na geral, como o único abaixo de um minuto para João Almeida. Está agora a 56 segundos.
Entre os dez primeiros ninguém fez melhor do que o líder. Almeida cumpriu os 34,1 km em 44.11 minutos, tempo que lhe valeu o sexto lugar na etapa, só atrás daqueles que são verdadeiramente especialistas neste tipo de etapas. Ficou a 1.31 minutos do italiano Filippo Ganna (Ineos), o mesmo que já havia ganho o contrarrelógio inaugural. O jovem das Caldas da Rainha chegou a ser o 4º mais rápido em dois tempos intermédios, sendo que no 1º (7,4 km) estava a grande dificuldade, o Muro di Ca’ del Poggio, com 1,1 km, e 12,3 por cento de inclinação.
Uma das desilusões do dia, especialmente para os italianos, foi Vincenzo Nibali (Trek), que levou quase 1.30 minuto de João Almeida – está agora a quase três minutos –, sendo que Brandon McNulty (UAE Emirates) foi dos que mais lucraram com o contrarrelógio. O norte-americano foi o terceiro mais rápido, colocando-se agora em posição de lutar pelo pódio (é 4º, era 11º).
Hoje é mais um teste
João Almeida está longe de festejar a vitória no Giro, como os adversários de baixarem os braços. Há muito pela frente, uma terceira semana de alta montanha que tem já hoje um aperitivo. A 15ª etapa, que antecede o segundo dia de descanso, tem quatro contagens de montanha, sendo que a última é de primeira e coincide com a meta. Trata-se de uma subida de 14,3 km, com percentagem média de inclinação de 7,8, sendo a parte inicial a mais difícil, com rampas que chegam aos 11,2 de inclinação. João Almeida tem-se defendido bem, mas tem de estar à espera da reação dos adversários, que quererão dar outra imagem hoje na montanha, depois da pálida dada ontem.
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