EMAILS DE RUI PINTO SERÃO DESTRUÍDOS
Ficheiros apreendidos não são considerados prova por terem sido obtidos ilegalmente
ç Os ficheiros apreendidos a Rui Pinto aquando da detenção do pirata informático, em janeiro de 2019, na Hungria, vão ser destruídos, segundo informou ontem o ‘Correio da Manhã’. O ato decorre no seguimento de um pedido do procurador Carlos Casimiro e não contou com a oposição do juiz Carlos Alexandre, por se considerar que não pode servir como prova, já que foram obtidos de forma ilegal. De acordo com o diário da Cofina, esta primeira ordem de destruição visa apenas os cinco
A RECORD, FONTE DO BENFICA NÃO QUIS FAZER “QUALQUER COMENTÁRIO FORA DO LOCAL PRÓPRIO, QUE É O PROCESSO”
processos em que Rui Pinto foi suspenso. “Autoriza-se desde já à Polícia Judiciária a imediata destruição de todas as cópias efetuadas e analisadas no âmbito dos presentes autos [...] por constituírem um risco desnecessário, pois incluem um conjunto de dados não explorados”, lê-se no registo do Ministério Público, em que se acrescenta que “não só constituem prova ilegal como afetam um conjunto indeterminado de sujeitos que importa proteger”. Entre os ficheiros em questão constam emails do Benfica que o pirata informático terá enviado ao diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques. Além destes, constam também emails de organismos públicos e magistrados judiciais, como Amadeu Guerra, à época diretor do DCIAP.
A Record, fonte do Benfica não quis abordar o assunto, para já: “Neste momento, não há comentários a fazer fora do processo, que é o lugar próprio para atuar nos termos que as leis impõem.”
Rui Pinto, agora informador da Polícia Judiciária, foi libertado em agosto e desde então reside em paradeiro desconhecido, inserido num programa de testemunhas. Em paralelo, o criador do Football Leaks, de 31 anos, está a ser julgado no Campus da Justiça, em Lisboa, sendo acusado de 90 crimes.
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