Record (Portugal)

TRÊS PAÇOS DE RAZÃO COM MUITO CORAÇÃO

Dinâmica do Santa Clara acabou por diluir-se na estratégia de gestão do ritmo dos castores

- CRÓNICA DE PEDRO MALACÓ

ç O primeiro triunfo da época do Paços de Ferreira não foi temperado com uma exibição de encher o olho, mas também não foi tudo dieta, ainda que o segredo tenha sido uma elevada dose de calculismo e controlo do ritmo de jogo.

Abordagem ponderada dos castores frente a um Santa Clara com processos mais esclarecid­os, mas que acabou por cair no engodo de abdicar da iniciativa,

AÇORIANOS AINDA NÃO TINHAM SOFRIDO GOLOS ESTA ÉPOCA E SÓ DERAM UM AR DA SUA GRAÇA APÓS O DESCANSO

viver às custas do expediente chamado confiança e acabar a correr atrás do prejuízo. Ritmo lento a favorecer a estratégia de transição que os pacenses procuraram explorar ao máximo, até que as calorias que Oleg e Luther Singh emprestara­m ao corredor esquerdo chegaram para marcar o primeiro golo (35’) à única equipa que ainda tinha a baliza inviolada. Momento de desequilíb­rio numa toada com pouca imaginação que Daniel Ramos tratou de sacudir de imediato com mais pressão ao portador e explosão nos corredores.

Reação territoria­l com reflexos imediatos na amplitude e no resultado, pela forma como o instinto de finalizaçã­o de Thiago Santana chegou para estabelece­r a igualdade (69’) com um bonito golpe de cabeça na sequência de um bom lance de envolvimen­to nos dois corredores.

O suspiro de alívio dos açorianos, contudo, acabou por ser demasiado efémero porque um par de minutos depois (72’) Douglas

Tanque foi ágil a antecipar um ressalto para não só desequilib­rar novamente a balança, como conferir ao seu coletivo a perseveran­ça defensiva necessária para suster o assalto final do Santa Clara.

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NO AR. Fábio Cardoso aguenta a carga de Marco Baixinho

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