TRÊS PAÇOS DE RAZÃO COM MUITO CORAÇÃO
Dinâmica do Santa Clara acabou por diluir-se na estratégia de gestão do ritmo dos castores
ç O primeiro triunfo da época do Paços de Ferreira não foi temperado com uma exibição de encher o olho, mas também não foi tudo dieta, ainda que o segredo tenha sido uma elevada dose de calculismo e controlo do ritmo de jogo.
Abordagem ponderada dos castores frente a um Santa Clara com processos mais esclarecidos, mas que acabou por cair no engodo de abdicar da iniciativa,
AÇORIANOS AINDA NÃO TINHAM SOFRIDO GOLOS ESTA ÉPOCA E SÓ DERAM UM AR DA SUA GRAÇA APÓS O DESCANSO
viver às custas do expediente chamado confiança e acabar a correr atrás do prejuízo. Ritmo lento a favorecer a estratégia de transição que os pacenses procuraram explorar ao máximo, até que as calorias que Oleg e Luther Singh emprestaram ao corredor esquerdo chegaram para marcar o primeiro golo (35’) à única equipa que ainda tinha a baliza inviolada. Momento de desequilíbrio numa toada com pouca imaginação que Daniel Ramos tratou de sacudir de imediato com mais pressão ao portador e explosão nos corredores.
Reação territorial com reflexos imediatos na amplitude e no resultado, pela forma como o instinto de finalização de Thiago Santana chegou para estabelecer a igualdade (69’) com um bonito golpe de cabeça na sequência de um bom lance de envolvimento nos dois corredores.
O suspiro de alívio dos açorianos, contudo, acabou por ser demasiado efémero porque um par de minutos depois (72’) Douglas
Tanque foi ágil a antecipar um ressalto para não só desequilibrar novamente a balança, como conferir ao seu coletivo a perseverança defensiva necessária para suster o assalto final do Santa Clara.
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