“Forcei os limites mas sem ir ao vermelho”
Líder disse não ter ficado surpreso com os ataques, em especial de Kelderman, que “esteve muito forte”
ç A etapa até tinha começado com sol radioso e num local pouco comum: na Base Aérea de Rivolto, onde os ciclistas puderam apreciar algumas máquinas voadoras, tendo sido mesmo eles presenteados com as cores da bandeira italiana a rasgar os céus. Mas o pior estava para vir: uma jornada de muitas dificuldades.
“Sinceramente, estava à espera que atacassem, por isso não foi uma surpresa. O Kelderman esteve muito forte”, começou por dizer João Almeida, explicando depois como foi a última subida, com 14.3 km, e com uma percentagem média de inclinação de 7.8 por cento, mas com rampas que chegaram aos 11. “O ritmo esteve muito elevado desde o início da subida e muitos ficaram logo para trás. Eu mantive-me bem posicionado, graças a um trabalho incrível da minha equipa. Quando fiquei para trás, fui no meu ritmo, forcei os limites, mas sem entrar no vermelho”, sublinhou o camisola rosa, que a determinada altura da subida retirou o auricular. Estava farto de ouvir o carro de apoio? “Retirei porque estava tão concentrado em dar o meu melhor. Estava mesmo a fazer tudo o que podia para segurar a camisola rosa”, explicou o ciclista português. “Eu não iria tão longe quanto a dizer que tive um dia mau, acontece que nem sempre se pode estar perfeito. Foi a etapa mais difícil da corrida até agora, foi um verdadeiro sofrimento e ter sobrevivido deixa-me muito contente e confiante.”
Eis que chega hoje o segundo dia de descanso, para amanhã começar uma semana terrível.
JOVEM DAS CALDAS DA RAINHA PROMETE “CONTINUAR A DEIXAR TUDO NA ESTRADA PARA MANTER A ROSA”
“Continuar a deixar tudo na estrada para tentar segurar a camisa rosa ”, João Almeida.
A etapa de amanhã, a 16ª, não termina em alto, mas tem seis contagens de montanha.
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