Na Palhinha deitado
çO Sporting foi sagaz nas contratações de Pedro Gonçalves, Porro, Nuno Santos e Feddal, bem como no regresso de João Mário. Mas Palhinha, confirmou-se frente ao FC Porto, vai tornar-se rapidamente o grande fator do equilíbrio defensivo que se percebe ser objetivo primordial de Rúben Amorim. E esta convicção não resulta só da sua exibição e do seu papel na pressão (ganhou 9 duelos e roubou 5 bolas) e na recuperação de bola (como no segundo golo). Porque a sua utilidade nota-se até na forma como Matheus Nunes se desinibe e ‘queima’ linhas, deixando a ideia de que funciona bem melhor como ‘8’ do que num papel mais posicional. Este não tem a aceleração nem o engenho de Wendel, mas o seu futebol amplifica-se com Palhinha a pivô. O que também irá ser verdade com João Mário.
O confronto com o FC Porto serviu também para se perceber que o plano B de Amorim não passa pela mudança de sistema, antes pela troca das características dos jogadores. E, aí, a mais interessante foi a utilização de Nuno Mendes a central esquerdo. Há ainda problemas na definição da linha defensiva (Coates ‘afundou’ demasiado no golo de Uribe), mas Adán tem respondido melhor do que se esperaria.
O mais difícil de atingir é o papel secundário de Sporar, até porque Jovane acusa a paragem por lesão (e também as suas limitações na definição). Amorim queria um avançado com outros atributos (ou só queria Paulinho?), mas isso não pode justificar um atestado de incompetência ao esloveno. Que não é nenhum Van Basten e muito menos um perna-de-pau…