Imprevisibilidade como novo trunfo
Não fossem as conhecidas limitações impostas pela Covid-19 e o castigo a cumprir por Taremi, e o onze a apresentar esta noite por Sérgio Conceição não deveria ser muito diferente daquele que enfrentou o Benfica na última sexta-feira. Com esse cenário afastado, os dragões, à falta de alguns dos seus argumentos de primeira linha, podem jogar o trunfo da... imprevisibilidade, nomeadamente no que à sua estrutura tática diz respeito. Consolidado desde há largas semanas num modelo de 4x4x2, o FC Porto pode regressar hoje ao 4x2x3x1 ou até apostar numa estrutura com três centrais. Estes são dois modelos já muito trabalhados por Sérgio Conceição, sendo que o último, menos habitual entre os azuis e brancos, já mostrou alguns dos seus benefícios esta temporada, como por exemplo nas partidas com o Manchester City, para a Liga dos Campeões, ou o Gil Vicente, em jogo referente à Liga NOS.
Para lá das questões táticas há naturalmente a ter em conta os nomes que o treinador do FC Porto poderá apresentar de início. Como detalhámos na nossa edição de ontem, os portistas têm apenas 15 jogadores de campo (e três guarda-redes) nas melhores condições físicas possíveis, tendo em conta o desgaste das últimas semanas, e é dentro deste lote que Sérgio Conceição deverá montar o seu onze. Com Grujic muito provavelmente ao lado de Uribe no miolo – independentemente do modelo tático –, um dos pontos mais interessantes prende-se com a forma como o técnico vai montar o último terço. Marega e Corona são naturalmente indiscutíveis e, depois, numa segunda linha, surgem nomes com menor utilização como Romário Baró, João Mário, Toni Martínez e até Felipe Anderson. *