Clássico sem disciplina
O clássico podia ser perfeito, mas não foi. Tecnicamente, a equipa de arbitragem foi (quase) irrepreensível, mas a nível disciplinar evidenciou falta de qualidade e uma deficiente preparação do encontro. Foi inadmissível a permissividade disciplinar adotada, dando um sinal errado aos jogadores, que, livres de punição, foram escalonando o grau de agressividade, muitas vezes roçando a violência. A importância e o contexto do jogo obrigava a uma melhor preparação da equipa de arbitragem, no sentido de evitar o que se passou em campo, desde protestos sem punição, comportamentos antidesportivos ignorados e, mais grave, uma falta grosseira que, na ótica do árbitro, o amarelo era suficiente. O vídeo-árbitro, felizmente, teve outra visão e, no que era possível, fez a intervenção adequada, respeitando o protocolo existente. Mehdi Taremi teve uma entrada grosseira e foi corretamente expulso devido à intervenção do VAR. Pizzi infringiu persistentemente as Leis de Jogo, foi responsável por dois comportamentos antidesportivos com o jogo interrompido, sem a devida punição disciplinar. Nuno Tavares foi persistente nas infrações negligentes, ficando muitas vezes na fronteira entre a advertência e a expulsão, mas contou com a benevolência do árbitro e das lacunas do protocolo do vídeo-árbitro.