“Era preciso privilegiar a vida”
Dirigente brasileiro explica na FuteCOM o papel do clube de Abel Ferreira na pandemia
çLuciano Signorini, diretor de comunicação do Palmeiras, foi convidado para a FuteCOM, que decorreu ontem no Municipal de Leiria, palco da final four da Taça da Liga, e aproveitou para analisar o papel do clube brasileiro durante a pandemia de Covid-19. “Vimo-nos sem treinos, sem jogos e tivemos de fazer sentir os adeptos acolhidos durante a pandemia, a família Palmeiras, como nós a consideramos. Tivemos de nos reinventar”, explicou o dirigente brasileiro no webinar patrocinado pela Liga de Clubes. “Foi um período de muita incerteza. Quisemos posicionar-nos como um dos clubes que tomou a frente para paralisar os campeonatos, porque entendemos o risco. Não demitimos funcionários, fizemos um acordo para a redução salarial dos jogadores mas mantivemos os ordenados na formação, no futebol feminino e nos olímpicos. Calculámos perdas de cerca de um terço das receitas do clube”, lembrou Signorini. “O impacto da redução salarial em 25% dos jogadores permitiu que não tivéssemos de despedir. Foi muito importante, os jogadores foram compreensivos e isso permitiu que o Palmeiras pudesse cumprir a promessa.”
O Palmeiras, entre março e junho do ano transato, assumiu o seu papel social junto da sua “família”. “Entendemos que deveríamos informar os adeptos sobre a pandemia e respetivos cuidados. Era fundamental conversar com os nossos 16 milhões de adeptos para que soubessem o que precisavam de fazer para passar pela pandemia da melhor forma possível. O futebol é o retrato da sociedade, era preciso privilegiar a vida.”
Abel Ferreira chegou ao Palmeiras em outubro último e não passou pelo período de saúde mais ‘complicado’ da formação de São Paulo. “Tivemos um surto no plantel, entre 15 e 20 elementos, mesmo mantendo todos os protocolos. O desempenho tornou-se longe do ideal. Com a chegada de Abel Ferreira, que se adaptou rapidamente e está a fazer um trabalho excecional, estamos com chances de conseguir títulos esta época. O Abel potenciou tudo isto.”
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“O ABEL FERREIRA ADAPTOU-SE RAPIDAMENTE E ESTÁ A FAZER UM TRABALHO EXCECIONAL” LUCIANO SIGNORINI