Preservar o talento frágil
çA pandemia mostrou finalmente o lado pernicioso que teremos de enfrentar por esses tempos fora. Já tinha manifestado as suas malévolas garras, mas nesta altura – com o quadro que nos vai sendo descrito – atrevemo-nos a dizer que o pior está para vir, por forma a deixar marcas que influenciarão decisivamente a nossa sociedade, nomeadamente os jovens, não só os desportistas, mas todos em Portugal e pelo Mundo fora.
Diz a sabedoria popular que em tempo de guerra não se limpam armas, mas tem de ser nesta altura que teremos de esgrimir todas as nossas competências, para delinear, já, medidas para minimizar os nefastos efeitos que serão provocados por esta guerra sem soldados à vista.
A juventude é um talento, mas é um talento frágil. Neste período, precisamos de investir tempo (em treino) e recursos financeiros. Se negligenciarmos o talento, ele desaparece, o que significa que temos de tratar os jovens com redobrado cuidado. Na circunstância, não se trata de tratar só do talento, mas sobretudo da saúde.
A Liga Portugal conseguiu iniciar (e desejamos que finalizar) o torneio de apuramento para o campeão de inverno, prova que todos os participantes desejam vencer, mas que nem todos assumem esse desiderato. História da raposa. Dentro dos condicionalismos conhecidos, esperamos que a Liga tenha sucesso, tal com tem tido, na continuidade dos campeonatos profissionais, que em muito se deve à sua resiliência e grande profissionalismo que nos apraz registar. Só com grandes profissionais se pode conseguir o sucesso que se conhece.