SAMARIS COM MORAL PARA SER ‘ADJUNTO’
Episódio em Leiria foi espontâneo mas resulta da boa relação de Jesus com o grego
ç Jorge Jesus habituou todos os que o conhecem a chamar a si a responsabilidade durante os treinos e jogos no que a correções aos jogadores diz respeito. Ao longo da sua carreira, tem até protagonizado alguns espetáculos dentro do espetáculo, pela forma expressiva com que se dirige aos atletas, e é raro até ver os seus adjuntos assumirem esta tarefa, a não ser em situações pontuais. Ora, a Covid-19 deixou JJ amputado de toda a sua restante equipa técnica e, sem João de Deus e Tia
MÉDIO TAMBÉM AJUDA O TÉCNICO A TRADUZIR ALGUMAS INDICAÇÕES PARA OS COLEGAS MESMO NOS TREINOS
go Oliveira a seu lado para ajudar no último embate com o Sp. Braga, foi Samaris quem acabou também por dar uma mão na ligação com os jogadores. Um cenário que apenas foi possível pela boa ligação de ambos.
Por regra, Jesus não permite que ninguém se intrometa naquilo que é o seu trabalho e a sua forma de estar. No entanto, em vários impulsos no decorrer da partida com os arsenalistas, Samaris sentiu necessidade de ajudar a partir do banco – foi suplente não utilizado – e por várias vezes se deslocou para perto de Jesus, dando instruções à equipa. E se, em algumas situações, se tratou acima de tudo de transmitir motivação, à passagem do minuto 76, com a entrada de Chiquinho, acabou por ser um pouco mais do que isso. O experiente internacional grego, de 31 anos, deu várias dicas ao colega, que também já tinha ouvido as diretrizes de Jesus antes de render Taarabt.
Um panorama atípico, que o
treinador só permitiu pelo bom relacionamento que mantém com o camisola 22 e também, naturalmente, pelo contexto especial em que o grupo se encontrava. Aliás, na fase inicial da época, Samaris teve até um papel importante para o treinador amadorense, pois quando tal não era possível a João de Deus, acabava por ser muitas vezes o grego a ajudar JJ a traduzir indicações para outros estrangeiros do plantel, como Weigl ou Waldschmidt, por exemplo.
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