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SÓ 8 JOGADORES DAS ÁGUIAS AINDA NÃO TIVERAM COVID
çA ausência de oito jogadores do plantel, depois de terem testado positivo à Covid-19, é um problema que ninguém desvaloriza no Seixal, mas o grupo não entra em fatalismos e quer dar boa resposta àquele que é visto como um teste de fogo ao estofo do plantel. O objetivo é vencer já o Nacional e os jogos que se seguem, mesmo que se aposte mais no pragmatismo do que no brilhantismo. Depois de falhada a conquista da Allianz Cup, um dos objetivos da temporada, a equipa não quer perder terreno na luta pelo título de campeão, principal meta de todo o grupo de trabalho. A equipa reconhece que a
PAINEL OUVIDO POR ‘RECORD’ CONSIDERA QUE AS BAIXAS NÃO JUSTIFICAM DESAIRE E QUE RENDIMENTO DEVIA SER OUTRO
tarefa é árdua, a preparação será mais exigente, mas vai à luta e quer fazer das fraquezas forças. Contudo, os especialistas ouvidos por
Record garantem que tal já deveria ter acontecido contra o Sp. Braga. “Esses desaires e exibições
menos conseguidas não têm nada a ver com o contágio que atingiu a equipa. O plantel tem jogadores de qualidade e quantidade suficiente já a contar com estes momentos. Quando se planeia uma época, constrói-se um plantel já a pensar em lesões, castigos, carga competitiva... Se se perde e dizem que a equipa não era a melhor, significa que os jogadores que não jogam tanto não têm valor para estar no Benfica”, salienta Álvaro Magalhães, numa ideia acompanhada por José Sousa: “As ausências podem ter prejudicado, mas mesmo com todas as alterações tinham argumentos para vencer. Não se pode atribuir à Covid-19. A equipa já não vinha a jogar bem e não era a Covid, apesar de irem faltando alguns jogadores.” José Sousa, antigo jogador das águias, salienta ainda que “só a defesa apresentou as segundas linhas, pois do meio-campo para a frente o Benfica apresentou-se com jogadores habitualmente titulares”, algo vincado também por Gaspar Ramos, ex-dirigente encarnado: “Os golos sofridos aconteceram pelas mesmas razões que justificaram os anteriores, independentemente de quem esteve em campo.”
Frustração ficou em Leiria
Foi impossível esconder o ambiente de grande frustração vivido depois do desaire com o Sp. Braga, naquele que foi o primeiro encontro depois do surto que deixou de fora sete jogadores – ontem as águias informaram que Helton Leite aumentou o lote de indisponíveis (ver página 13). Apesar de todas as limitações, os encarnados tinham apenas um objetivo: vencer. Mas, segundo Record apurou, a mensagem interna foi de confiança para não deixar o grupo quebrar emocionalmente, numa altura em que há tantas baixas e o ambiente já é difícil. Hoje, quando o grupo se voltar a apresentar ao trabalho, essa será uma das preocupações – passar a ideia de que é preciso olhar em frente e bater os ditos insulares, pois é reconhecido que perder pontos na Liga, nesta altura, poderia ser uma machadada dura nas aspirações da equipa. E, como José Sousa defende, “as ausências não podem justificar tudo”. *