Record (Portugal)

“Será engraçado trazer os jogadores à terra”

Técnico sente que Taça dá “outra confiança e consolida o projeto” idealizado pelos leões

- RAFAEL SOARES

ç Rúben Amorim sabe que muitos dos jogadores leoninos conquistar­am ontem o seu primeiro troféu. Nessa medida, o treinador do Sporting está expectante para ver a reação da equipa à conquista e lembra a importânci­a do momento. “Dá-nos outra confiança e consolida o projeto. Surgiu alguma desconfian­ça após a eliminação da Taça de Portugal e o empate frente ao Rio Ave mas não íamos mudar, ganhássemo­s ou perdêssemo­s a Taça da Liga. Estamos a arriscar, com um grupo jovem que vai sofrer muito. Temos já um jogo importante no Bessa e há que saber saber festejar. Temos de olhar para o campeonato e será engraçado trazer os jogadores à terra”, salientou o técnico, à Sport TV.

O treinador já venceu esta prova pelo Sp. Braga e, como jogador, pelo Benfica, mas a conquista deste ano teve um sabor especial, “pela juventude do grupo e pelo momento difícil que o clube atravessav­a” quando chegou. “No final da época passada, houve uma remodelaçã­o, que foi uma aposta arriscada”, frisou. A inexperiên­cia da equipa foi mesmo um tema em voga nesta

“NÃO QUERO SER UM FATOR DE INSTABILID­ADE”, AFIRMOU O TREINADOR SOBRE A CANDIDATUR­A A VENCER A LIGA

entrevista e este aparenta ser um dos motivos que tornam Amorim cauteloso na hora de falar da possível conquista da Liga. “Se temos um grupo batido, posso assumir algumas coisas, estou mais descansado. Com estes miúdos, não sei. Tenho um grupo muito jovem. E também sei em que clube estou e da pressão que ele vive. Não quero ser mais um fator de instabilid­ade”, sublinhou.

Numa longa entrevista, Amorim até falou de um termo que já abordou em conferênci­as de imprensa. “A estrelinha é algo importante na nossa vida. Procuramo-la no espírito de todos. O Alex [enfermeiro] é tão importante como o Coates. Esta é a força do grupo. Somos muito assim, temos momentos em que sofremos, mas faz parte. A união é a nossa maior força”, sublinhou.

“Expulsão? Podia ser amarelo”

Rúben Amorim fez ‘mea culpa’ pelo momento em que viu o cartão vermelho, mas discorda da decisão. “Foi um jogo difícil com a expulsão dos dois treinadore­s. Poderia ser um amarelo. Estava tudo confuso, era um momento importante para os dois clubes. Estávamos a falar e não havia necessidad­e de sermos expulsos”, lamentou o técnico.

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ISOLADO. Rúben Amorim festejou sozinho na bancada logo após o apito final

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