Paulinho deu força e profundidade
+ Como se joga futebol num relvado daqueles?
Não se joga; pelo menos não se joga o futebol que jogadores e treinadores planearam, nem aquele que os adeptos querem. Foi, em especial na primeira parte, um verdadeiro filme de choques, faltas e bolas perdidas na lama. O golo surgiu no melhor movimento coletivo do Sporting na primeira parte – o passe de Gonçalo Inácio é magnífico, o remate de Porro também, a distração de Galeno... fatal.
+ O Sp. Braga melhorou muito com Paulinho. Devia ter jogado de início?
Sim, claramente. Com muito maior capacidade de choque do que Abel Ruiz, permitindo mais segundas bolas, o português conseguiu dar profundidade ao ataque dos minhotos. Beneficiando do maior atrevimento de Sequeira no segundo tempo, Galeno também se soltou, conseguindo várias situações de um contra um com Gonçalo Inácio – mas o miúdo, tal como Coates, esteve irrepreensível. Do outro lado, Esgaio também foi aparecendo, mas demasiadas vezes em fora-de-jogo.
+ E o árbitro?
A partir do momento em que decidiu iniciar o jogo, uma decisão discutível pelo estado de grande parte do relvado, Tiago Martins sabia que iria ter dificuldades devido aos imensos choques que se previam e confirmaram, falhando muito em termos disciplinares. A decisão de expulsar os dois treinadores numa final ao fim de meia hora de jogo, por troca de palavras entre eles, é de uma falta de sensibilidade que não se entende.