Record (Portugal)

“O jogador sente a falta das palmas”

Ex-Sporting dá conta do vazio que reina no futebol... algo que até ‘ajuda’ quando se “erra”

- DANIEL LOPES MONTEIRO

ç O afastament­o do público do futebol foi um dos temas que marcou a segunda metade do ‘Record Talks Allianz Cup’. O painel mais institucio­nal deu lugar a antigos craques, com Helton, Alan e Ricardo a entrarem em ação. O ex-guardião de Boavista, Sporting, Olhanense e da Seleção Nacional usou a palavra para dar conta do vazio que os jogadores sentem nesta fase da competição. “Nós jogamos para os adeptos. O sentimento de realização de um jogador é quando vai para um jogo, dá o seu melhor, consegue ganhar e ainda recebe a alegria

“JÁ JOGUEI EM SAN SIRO SEM NINGUÉM. AQUILO FAZIA TANTO ECO QUE MAIS PARECIA UMA GARAGEM”, BRINCOU ALAN

e as palmas dos adeptos. É disso que sente falta. Por outro lado, quando as coisas não estão a correr bem, o erro fica muito mais vincado”, afirmou. Por sua vez, Alan, ex-avançado de FC Porto e Sp. Braga, recuou no tempo e recordou o único embate que jogou sem adeptos nas bancadas. “Muda completame­nte o jogo. Já joguei um encontro sem público, foi o Inter-FC Porto [fase de grupos da Liga dos Campeões da época 2005/06]. Os adeptos do Inter estavam castigados e fizemos um jogo em San Siro sem ninguém. Aquilo fazia eco… parecia que estávamos a jogar numa garagem [risos]. Às vezes temos uma jogada em mente, mas de repente ouves o treinador a falar e cometes um erro. E hoje em dia está a acontecer precisamen­te isso. Não sentir o calor e o apoio do público é horrível”, concluiu o brasileiro, que em 2012/13 conquistou a Taça da Liga pelos bracarense­s.

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RISOS. Helton, Alan e Ricardo partilhara­m histórias e boa-disposição

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