BRINDES DO GALO JUBILARAM CÓNEGOS
Lapsos do central Ygor Nogueira sentenciaram um jogo que o Gil Vicente assumiu de fio a pavio
Há vitórias que caem do céu, mas a que o Moreirense arrecadou ontem em Barcelos não chegou de tão longe. Caiu apenas de um Nogueira. Uma tarde demasiado infeliz para o central gilista Ygor com o apelido de árvore é como se pode resumir o desenrolar de um jogo em que o Gil Vicente assumiu as despesas de fio a pavio, mas não foi capaz de escapar ao preço das traições internas. Duplo brinde contra a corrente do encontro que os cónegos não se fizeram rogados em aproveitar para praticamente carimbarem a ambicionada permanência e lançarem mais lenha na fornalha do comboio que dá acesso às competições europeias.
O primeiro golpe anímico do jogo nasceu de uma entrada imprudente (19’) do inevitável Ygor sobre Rafael Martins, quando o avançado estava de costas para a baliza. Penálti sem margem para discussão que o mesmo Rafael Martins aproveitou para abrir o marcador.
Diferença mínima a penalizar severamente a envolvência gilista, mas sem reflexos na bandeira de iniciativa que a formação orientada por Ricardo Soares continuou a agitar.
Pé a fundo no acelerador com critério na zona de construção, mas sem profundidade para fazer mossa. Lapso que os gilistas só corrigiram ao intervalo, mas com reflexos imediatos pela forma como Pedro Marques cavou o espaço e tirou partido da ligeira hesitação de Pasinato para estabelecer a igualdade logo após o descanso.
Ponto de equilíbrio a galvanizar o ímpeto caseiro, mas também o toque de alarme para o Moreirense mostrar um caudal com mais amplitude. Discussão de argumentos aqui já em tom de igualdade, embora só até Ygor Nogueira voltar a meter o pé na argola. Desta vez, sem a pressão de nenhum adversário, a emendar um cruzamento tenso de D’Alberto pelo meio das pernas de Denis. *
BANDEIRA DA INICIATIVA GILISTA SÓ TEVE PROFUNDIDADE APÓS O DESCANSO, MAS NÃO RESISTIU AO PREÇO DAS TRAIÇÕES