Record (Portugal)

“Prontos para ir à luta e dar luta”

OS EXEMPLOS DE SUPERAÇÃO DA ERA CONCEIÇÃO

- JOSÉ MIGUEL MACHADO RUI SOUSA

“Não há ninguém que queira ganhar mais do que eu; pode haver igual, e acredito que o presidente e os adeptos tenham um sentimento de ganhar tão forte como o meu”, fez questão de vincar Sérgio Conceição, no lançamento do jogo desta noite, frente ao Chelsea, que decide o apuramento para as meias-finais da Liga dos Campeões.

Não obstante o desejo de dar a volta à eliminatór­ia e colocar pela primeira vez desde 2004 o FC Porto entre as quatro melhores equipas da Champions, o técnico, de 46 anos, não se deixa levar pela emoção e aposta numa abordagem ponderada e inteligent­e ao jogo. Atacar a baliza do Chelsea sem critério poderia causar outros problemas. “Neste género de jogos, ir com muita sede ao pote pode ser prejudicia­l. Temos de ser uma equipa compacta, coesa, perceber que é preciso fazer golos, mas também é preciso não sofrer, se não complica-se ainda mais a situação. Temos de fazer golos, sendo equilibrad­os nos diferentes momentos do jogo para não sermos surpreendi­dos”, destacou Conceição, procurando evitar que a equipa entre num estado de ansiedade. “Isso acabaria por ser prejudicia­l, porque deixávamos de ter o foco no trabalho e pensávamos mais no resultado final”, explicou, deixando mais uma garantia: “Não é com muitos avançados que se ataca

“TEMOS DE SER UMA EQUIPA COMPACTA, COESA, PERCEBER QUE É PRECISO FAZER GOLOS, MAS TAMBÉM NÃO SOFRER”

“NÃO É COM MUITOS AVANÇADOS QUE SE ATACA MELHOR, NEM COM MAIS DEFESAS SE DEFENDE MELHOR”

“ESTAMOS AQUI PRONTOS PARA IR À LUTA E DAR LUTA”

melhor, nem com mais defesas que se defende melhor...” Estando pela segunda vez nos quartos-de-final, Sérgio Conceição não esconde que gostaria de “fazer um bocadinho melhor”, mas seja qual for o desfecho desta eliminatór­ia, não vai beliscar o percurso da sua equipa até ao momento.

“Cada vez mais há um fosso em termos financeiro­s entre as equipas dos cinco principais campeonato­s do Mundo e as outras, por isso é de realçar ainda mais todo o trajeto que esta equipa tem feito na Champions. Independen­temente do resultado, não podemos apagar o que tem feito na Liga dos Campeões. Estamos num país como Portugal, gastamos o que gastamos e temos as dificuldad­es que temos, é uma diferença inacreditá­vel em relação aos outros. Mas o dinheiro não ganha jogos, nem as estatístic­as, como foi um bom exemplo o outro jogo com o Chelsea. Sabem que nem sequer ligo a dados históricos. O que posso dizer é que estamos aqui prontos para ir à luta e dar luta”, projetou o técnico dos dragões, apostado em levar a sua equipa às meias-finais desta competição. *

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Tondela também foi ‘à Porto’

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