Exemplos condenáveis
çO futebol português sofre de um grave problema em relação aos treinadores a nível de comportamentos e responsabilidade social. A qualidade técnica dos nossos treinadores é elogiada e reconhecida em todo o Mundo, mas, quando não alcançam os seus objetivos, demonstram uma faceta que devia envergonhar toda a sociedade desportiva, independentemente dos clubes que representam. Não pode valer tudo, inclusive demitirem-se das responsabilidades sociais e passarem ao ‘modo selvagem’ em que vale tudo para alcançarem os objetivos. No Bessa, um treinador fez gestos obscenos ‘direcionados’ para todos aqueles que acompanhavam o jogo, num comportamento que, apesar do pedido de desculpas, nunca tem justificação. Em Paços de Ferreira, uma expulsão correta por falta grosseira motivou o desabafo do treinador, dizendo “estragaste o jogo”, dirigindo-se ao árbitro num tom crítico e num momento intenso junto aos bancos. Pouco depois reconhece o acerto na decisão. Em Alvalade, assistimos à quarta expulsão de um treinador que ainda não foi derrotado no campeonato! Na Liga dos Campeões, o gesto de ‘campo inclinado’ serviu para desviar as atenções dos erros cometidos pelos jogadores nos golos sofridos. É bem mais cómodo apontar o dedo aos outros quando temos de justificar os próprios erros.