Record (Portugal)

QUEM É O MELHOR?

Com a conquista do 20.º título de Grand Slam por Djokovic, o debate em torno do trio reacendeu

- JOSÉ MORGADO

Novak Djokovic, de 34 anos, conquistou no domingo em Wimbledon o seu 20º título de Grand Slam, igualando no topo da tabela de campeões de Majors os seus rivais de sempre, Roger Federer (faz 40 anos no próximo mês) e Rafael Nadal (35). Já recordista de semanas no topo do ranking (com 329), Djokovic é já para muitos o melhor jogador da história no que aos números diz respeito, mas a verdade é que o equilíbrio entre os três ainda é a nota dominante, como é fácil de constatar pelo quadro acima: Djokovic tem mais semanas no topo do ranking, Federer tem enorme vantagem no total de troféus ATP, mas Nadal leva a melhor na hora de representa­r o seu país, com mais medalhas de ouro olímpicas e muito mais vitórias na Taça Davis. Nas ATP Finals, o torneio mais importante a seguir aos Grand Slams, é Roger Federer o recordista. Questionad­o sobre a luta pelo estatuto de GOAT [’Greatest of All Time, o Melhor de Todos os Tempos], o sérvio não se compromete­u muito, mas não esconde que para ele... a resposta só pode ser uma. “Considero-me o melhor. Se não fosse assim, não estaria a falar com confiança sobre os torneios do Grand Slam e sobre fazer história neste desporto. O debate sobre se sou o melhor de todos os tempos deixo para outras pessoas.É difícil”. Tanto Federer como Nadal utilizaram as redes sociais para felicitar Djokovic. “É incrível poder jogar numa geração em que três jogadores têm 20 Grand Slams”, desabafou Federer, que mereceu resposta de Djokovic. “Sem dúvida. Espero que nos voltemos a cruzar no circuito ainda muitas vezes”, respondeu o sérvio. Nadal também deixou uma mensagem a Nole. “É fantástico estarmos os três empatados nisto”. Djokovic concordou e agradeceu ao rival... em castelhano. Já Toni Nadal, tio e ex-treinador de Rafa, tem uma visão diferente. “O Djokovic não está tão forte como em 2011 ou 2015, mas a oposição agora é mais fraca. Mas eu acredito no meu sobrinho. A vida ensinou-me a nunca perder a fé nele...”

“CONSIDERO-ME O MELHOR MAS DEIXO ESSE DEBATE PARA AS OUTRAS PESSOAS”, DISPAROU O SÉRVIO

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