BEIRA-MAR PROJETA NOVA VAGA
As lágrimas pela queda nos distritais já secaram e deram lugar a um sorriso de confiança no célere regresso aos nacionais
Quando o jovem presidente do praticamente centenário Beira-Mar recebeu a equipa de reportagem de Record, no Estádio Municipal de Aveiro, nem a máscara, tirada apenas para as fotos, conseguiu esconder o sorriso de confiança num futuro próspero para o clube-bandeira de uma região pujante no futebol.
Sinal de que as lágrimas derramadas em abril, após o triunfo sobre o Valadares, que não travou a queda do histórico clube aveirense nos distritais, já secaram. As palavras do presidente Afonso Miranda, de 33 anos, confirmaram isso mesmo. “Seria falso se não assumisse que o Beira-Mar é candidato à subida em qualquer divisão. Claro que é candidato à subida, porque é um histórico clube português e a oitava marca com maior notoriedade do país no que toca ao futebol”, reclama o líder dos aveirenses. E prossegue com a mesma confiança: “Com as condições que estamos a criar, o Beira-Mar, na distrital, é candidato a subir. Se estivéssemos num Campeonato de Portugal era claramente candidato a subir. Com todo o respeito pelos outros clubes que lá estão, conheço a maioria deles, nós teríamos certamente uma equipa competitiva para lutar por isso. Quando estivermos numa Liga 3 será igual.” Em termos desportivos, o regresso às distritais é assumido como um passo atrás, mas que promete trazer a reboque, no futuro próximo, dois à frente. O plano de escalada até aos principais escalões nacionais mantém-se com o presidente eleito no final de abril, já depois da sentença distrital. E agora que as nuvens negras, provocadas
“SERIA FALSO SE NÃO ASSUMISSE QUE O BEIRA-MAR É CANDIDATO A SUBIR EM QUALQUER DIVISÃO”
por uma SAD que quase condenou o clube à extinção, se dissiparam, o Beira-Mar está a reunir as condições estruturais, infraestruturais e financeiras necessárias para voltar ao convívio dos grandes. E nem a descida de divisão em 2020/21 o desvia dessa rota.
“Se estamos nas distritais é por demérito nosso e temos que dar a volta. Não vale a pena chorar sobre o leite derramado. O Beira-Mar é um clube que está habituado a sofrer, sempre foi assim.
Estamos habituados a sofrer e a reinventarmo-nos e é com esse espírito, com essa natureza que nos vamos guiar, até para provarmos que o caminho que se tem feito nos últimos anos, independentemente de termos falhado na parte competitiva no último ano, está a ser bem feito. Melhorámos uma série de setores e cá estamos para criar condições para que a bola, agora, bata mais nas redes da equipa adversárias e menos as nossas”, rematou Afonso Miranda.
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“BEIRA-MAR É UM CLUBE HISTÓRICO E A OITAVA MARCA COM MAIOR NOTORIEDADE DO PAÍS NO QUE TOCA AO FUTEBOL” AFONSO MIRANDA, Presidente do Beira-Mar