Record (Portugal)

“Houve alguma descontraç­ão”

Selecionad­or aponta o golo sofrido como o principal problema do particular com o Qatar. Sem querer individual­izar, quando questionad­o sobre o estreante Otávio, reforçou a confiança que tem na equipa

- DAVID NOVO. DEBRECEN

Que análise faz a este jogo com o Qatar?

– Era importante treinar a mudança estratégic­a e de rotinas. Nesse aspeto, a 1ª parte agradou-me bastante, tirando os primeiros 15 minutos. Muitos jogadores não têm jogado comigo assim na seleção, mas respondera­m bem. Quando o adversário iniciava em posse, estivemos irrepreens­íveis e não deixámos que o Qatar nos criasse mossa. Nesses primeiros 15 minutos, a organizaçã­o ofensiva foi muito lenta e na procura de espaço interiores, com perdas de bola fáceis durante esse período. O Qatar contra-atacou, algo que faz muito bem. A partir desses 15 minutos, melhorámos e também passámos a circular a bola mais rápido. O jogo ficou de uma forma em que o Qatar não conseguia responder. Na 2ª parte houve alguma descontraç­ão, principalm­ente porque deixámos que o adversário contra-atacasse mesmo com menos um. Criámos duas ou três ocasiões e depois sofremos um golo. Gostei muito de 30 a 35 minutos e alguns períodos da 2ª parte.

– A exibição de Otávio, coroada com um golo, foi a que esperava?

– Eu não espero nem adivinho. O que sei é que ele tem treinado bem e vejo o que ele faz no clube. Eu estou satisfeito com a equipa no seu global. Foi a primeira vez que jogaram todos juntos, o que não é fácil.

– Pepe e Palhinha podem jogar com Azerbaijão? E que comentário faz aos resultados do grupo?

– As margens de erro são sempre curtas, mas só dependemos de nós. E a Sérvia também. Em relação ao João Palhinha e Pepe, a informação que tenho é que estão em condições. O João treinou depois do jogo e o Pepe deverá ser integrado amanhã [hoje] na chegada a Baku. Confio em todos os jogadores e sabemos que temos de trabalhar muito. O Azerbaijão é diferente do Qatar, é mais parecido com a Irlanda e com um jogo mais pragmático.

– Mudou a forma de jogar da equipa. Os que foram utilizados dão-lhe boas dores de cabeça?

– Dores de cabeça dão-me sempre porque têm qualidade. Com jogos de três em três dias seria difícil

“A PARTIR DOS 15 MINUTOS, ACABOU-SE A POSSIBILID­ADE DE ELES CONTRA-ATACAREM, A EQUIPA COMEÇOU A CIRCULAR DE FORMA DIFERENTE, A BOLA A CIRCULAR BEM E A ENTRAR POR TODOS OS LADOS, A CRIAR SITUAÇÕES, COM MUITA SEGURANÇA”

“DESLIGÁMOS UM POUCO, DEIXÁMOS O ADVERSÁRIO PEGAR NA BOLA E SAIR EM CONTRA-ATAQUE, ACABARAM POR FAZER UM GOLO. A 2ª PARTE ACABOU POR SER DE ALGUMA DESCONTRAÇ­ÃO”

“UMA EQUIPA QUE SOFRE NOVE GOLOS EM CINCO JOGOS... É PREOCUPANT­E. HÁ COISAS QUE SEMPRE FIZEMOS MUITO BEM E UMA DELAS SÃO OS LANCES DE BOLA PARADA DEFENSIVOS. JÁ ALERTEI OS JOGADORES”

chegarem ao último frescos. Confio em absoluto nestes jogadores. Há particular­es, mas não jogos amigáveis e viemos aqui para ganhar. Apresentei uma equipa que sabia que podia ganhar. *

“OTÁVIO FEZ PARTE GRUPO DE JOGADORES QUE DURANTE 30 MINUTOS ESTEVE MUITO BEM”

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal