“Resultado só peca por escasso”
O selecionador gostou de quase tudo o que viu e só lamentou as oportunidades desperdiçadas. O objetivo de marcar mais golos, factor que pode ser decisivo no desempate no grupo, influenciou as substituições
O resultado é o mais importante, mas ficou a faltar algo neste jogo?
– Ficam sempre a faltar coisas. Fizemos uma boa exibição, coesa e equilibrada. Durante os 90 minutos, com exceção dos dois ou três minutos finais, o equilibrio e a objetividade em termos ofensivos levaram-nos à construção de um resultado que só peca por escasso. Desperdiçámos oportunidades, com detalhe na finalização de execução razoável, porque fácil nunca é – só para quem não está cá. O Azerbaijão foi impotente para contrariar Portugal.
– O que gostou mais?
– O equilíbrio. Para se ganhar, nunca se ganha individualmente mas sim com um colectivo equilibrado. Se tivermos boa organização, que nos leva a reagir bem à perda, quando existe esse equilíbrio, uma matriz no jogo de Portugal, Portugal ganha. Quando não temos, vamos ter dificuldades, seja qual for o adversário. O futebol é um jogo de equilíbrio e o mérito é dos jogadores, parabéns para eles. Quando somos um ‘nós’, dificilmente alguém ganha a Portugal.
– Por que razão Portugal perdeu o equilíbrio nos últimos jogos?
– É isso que temos avaliado. Os jogadores querem fazer, mas nem sempre fazem bem. Quando não funcionamos como equipa... isso é que não pode acontecer. Temos de manter o padrão durante o tempo todo o jogo. É preciso perceber que alguns dos jogadores não jogam assim há tanto tempo como isso. Os jogadores quando estão a funcionar bem é tudo mais simples: correm menos e o espiritio de entreajuda aparece de forma natural. Fizemos uma belíssimo jogo, mas há sempre coisas a melhorar. Tínhamos quatro finais, agora temos três. E temos de ganhá-las como equipa forte que somos. Sabemos que os golos são importantes, por isso é que quando entraram os últimos jogadores foi na tentativa de procurar o quarto e o quinto golo.
– Gianni De Biasi disse que você lhe devia um garrafa de vinho do Porto porque fez de si selecionador quando ganhou a Portugal em 2014...
– Quem me fez selecionador foi o presidente da FPF. Percebo o que ele disse. É um excelente treinador, já o demonstrou na Albânia. Não sabia dessa promessa, mas terei todo o prazer em enviar-lhe uma caixa de vinho do Porto.
*
“SABÍAMOS QUE ERA UM JOGO DE PACIÊNCIA, ESTA EQUIPA NORMALMENTE DEFENDE BEM. SABÍAMOS QUE SE FIZÉSSEMOS UM GOLO CEDO, OBRIGARÍAMOS O ADVERSÁRIO A MUDAR”
“FIZEMOS UM BOM JOGO, UMA BOA EXIBIÇÃO, COM MUITO EQUILÍBRIO EM TODOS OS MOMENTOS, MAS SEMPRE À PROCURA DO GOLO”
“A ÚNICA COISA DO RESULTADO QUE NÃO ESTÁ BEM É A QUANTIDADE DE GOLOS QUE FIZEMOS, O LÓGICO ERA QUATRO OU CINCO, PERANTE UM ADVERSÁRIO QUE AINDA NÃO TINHA PERDIDO POR MAIS DO QUE UM GOLO”
“PORTUGAL TEM DE SER UMA EQUIPA FORTE E AS EQUIPAS FORTES MARCAM E NÃO SOFREM. NESTE JOGO CORRESPONDEU AQUILO QUE É O NORMAL DESTA SELEÇÃO”