A cimeira de presidentes
Na semana passada teve lugar mais uma cimeira de presidentes, que, como referiu a Liga Portuguesa de Futebol Profissional em comunicado, centrou-se, sobretudo, na centralização dos direitos televisivos, tanto mais que nos termos da legislação em vigor (Decreto-lei n.º 22-B/2021 de 22 de Março), há decisões a serem tomadas previamente. A saber “a apresentação de um modelo comercial que terá que acontecer até 2025/26 e o segundo, a execução, que terá que acontecer até 2027/28”, caso contrário o Governo decidirá de forma unilateral, e como se diz na gíria popular: “Mais vale um mau acordo, que uma boa demanda”.
Ainda na sequência desta reunião tem sido noticiado pela imprensa que esta venda centralizada poderia acontecer antes do previsto e logo que esteja encontrado um modelo de distribuição e o mesmo esteja validado
COMO SE DIZ NA GÍRIA POPULAR: “MAIS VALE UM MAU ACORDO, QUE UMA BOA DEMANDA”
pela Autoridade da Concorrência. Convicto dos inegáveis benefícios decorrentes desta centralização, como a sustentabilidade, o aumento das receitas e o equilíbrio competitivo, a meu ver esta venda centralizada não ocorrerá antes do final da época 2027/28, em respeito aos contratos celebrados pelas sociedades desportivas e válidos até ao final dessa temporada e, ainda, para não penalizar as sociedades desportivas, caso tenha havido adiantamento de receitas.
Por fim, relembro o que aconteceu no caso da liga holandesa (Eredivisie) em que com o auxílio do banco ABN-AMRO, ultrapassaram-se os problemas decorrentes da existência de contratos em vigor e foi antecipada a centralização.
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