VARANDAS DOBROU CABO DAS TORMENTAS
Presidente do Sporting entra no último ano de mandato... já de olhos postos na recandidatura
çHá três anos por esta altura, o Sporting mobilizava-se para as eleições mais concorridas de sempre. Foi a 8 de setembro de 2018, quatro meses após o ataque à Academia, quando mais de 22 mil sócios responderam à chamada para escolherem o sucessor de Bruno de Carvalho e da Comissão de Gestão. Eleito pela maioria dos votos mas não dos sócios, Frederico Varandas nunca saboreou um verdadeiro ‘estado de graça’. Os problemas multiplicaram-se à medida que os meses iam passando e, não fossem as duas taças conquistadas em cima das feridas de Alcochete, a contestação potenciada pelo diferendo com as claques e pelos apoiantes de BdC poderia mesmo ter provocado nova crise diretiva. Com graves dificuldades financeiras, uma herança pesada em várias frentes e opções desportivas erradas, o segundo ano do mandato de Varandas ficou marcado pela saída prematura de Marcel Keizer e pela venda falhada de Bruno Fernandes no verão (seria consumada em janeiro), factos que, aliados aos maus resultados da era Silas, colocavam a atual direção no fio da navalha em... março de 2020. E foi neste momento que o paradigma começou, verdadeiramente, a mudar.
Ponto de viragem
A aposta arriscada em Rúben Amorim, que implicou um investimento superior a 10 milhões de euros, não deu resultados logo de início mas compensou totalmente na segunda época, com a histórica conquista do título nacional, 19 anos depois. O impacto da vitória na Liga, em conjunto com o trabalho desenvolvido na formação e nas modalidades, ajudaram Varandas a dobrar o Cabo das Tormentas. E de tal maneira que, à entrada do final deste primeiro mandato, o presidente, de 41 anos, já prepara a recandidatura, como Record noticiou a 19 de maio.
Se as próximas eleições forem realizadas dentro da janela prevista pelos estatutos, o Sporting vai a votos entre 1 de março e 30 de abril de 2022. A recandidatura de Frederico Varandas é praticamente certa.
*