Record (Portugal)

O leão e a estrela

- Nuno Encarnação Gestor

No próximo sábado o Porto regressará a Alvalade. A crença de qualquer Portista é de que este ano encontre um leão diferente, um leão sem estrela. Aquele leão da estrela, que ganhava muitas vezes para lá dos 90 minutos, tem de se tornar cadente. O Porto que eu conheço, este Porto de Conceição e de Pinto da Costa, entrará em Alvalade para vencer, sem medo algum de quem terá pela frente, mesmo jogando num estádio onde pelo que se perceberá e por notícias várias terá poucos adeptos azuis e brancos a apoiá-lo.

Este Porto tem Portistas de alma e coração,

que transpiram Porto por todos os poros. Pepe, Sérgio Oliveira, Diogo Costa, Bruno Costa, Fábio Vieira. Otávio, Vitinha João Mário e Francisco Conceição, não enganam. O Porto vai assim a Alvalade com muitas soluções do meio campo para a frente. A gestão do plantel será uma realidade, dado o recente desgaste de muitos jogadores nas viagens com as seleções.

Sábado jogamos em Alvalade e quatro dias depois deslocamo-nos a Madrid

contra o Atlético. Em qualquer um dos jogos, só a vitória interessa. Sair de Alvalade a 5 pontos do Benfica seria algo inimagináv­el e ir a Madrid sem acreditar na vitória, é como dizer adeus à Champions

e olá à Liga Europa. Começam as provas de fogo deste Porto que mistura “Olival” com tantas outras culturas.

Desta vez Amorim tem de falhar e Conceição acertar.

O duelo entre os dois será apreciado até porque o Porto de Conceição não tem sabido até à data imobilizar este leão com a eficácia que se requer. Está na altura de lhe aparar a juba, de o amestrar na sua própria casa e exibi-lo como troféu. Este Rei da selva tem de descer de posto e é imperativo que Conceição o faça. As equipas respeitam-se, reconhecem enorme qualidade ao adversário e segurament­e jogarão para o espetáculo.

Notícias recentes apontam que o Porto sairá do fair play financeiro imposto pela UEFA,

algo que pelo que estava escrito no relatório e contas do ano passado se afigurava muito difícil, se todas as regras se tivessem mantido inalterada­s. O que é facto, é que se assim se confirmar, os parabéns têm de ser dados com inteira justiça ao Dr. Fernando Gomes, com quem mantenho divergênci­as profundas sobre o modelo de gestão financeira do clube. É obrigatóri­o reconhecer que o meu pessimismo foi derrotado pelo seu otimismo. A bem do Porto, que é o que interessa.

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