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JOSÉ ANTÓNIO DOS SANTOS NEGA TER FEITO PROPOSTA A VIEIRA
“Não sei se vou conseguir cumprir acordo com Textor”
çJosé António dos Santos diz não estar em condições de garantir o cumprimento do contrato-promessa de compra e venda assinado com John Textor, no qual se comprometeu a vender ao norte-americano 25 % das ações da SAD do Benfica, num negócio de cerca de 50 M€. Em declarações a Record, o empresário, de 80 anos, esclarece não ser o comprador anunciado por Luís Filipe Vieira – o ex-presidente
“NESTE MOMENTO, TENHO 16 % E NÃO COMPREI MAIS AÇÕES. [...] NEM DEI ORDEM DE COMPRA PELAS DE VIEIRA”
informou a SAD de uma proposta para venda dos seus 3,28 %, à razão de 7,8 euros por cada título, envolvendo o pagamento total de quase 5,9 M€ –, pelo que dificilmente avançará nesta altura para os moldes acertados há perto de três meses. “Não sei se vou conseguir cumprir, ou não. Depende. O facto é que, neste momento, tenho 16 e tal por cento das ações. Ele [Textor] quer 25. A SAD do Benfica já me reconhece como imputáveis 23,11 %? Claro, mas isso é se eu comprar as do José Guilherme [n.d.r. representam 3,65 % da SAD] e as de outros. E até agora não comprei. Ora, se não são minhas, na verdade, tenho os tais 16 e tal por cento. Tenho, de facto, acordos estabelecidos, mas estes têm datas limite para serem efetivados. Se não o forem dentro desses limites, ou os negócios não avançam, ou os prazos terão de ser alargados”, explica o magnata da agro-pecuária.
Arguido na operação ‘Cartão Vermelho’, José António dos Santos sublinha que nem fala com Vieira – é também arguido, estando ambos proibidos de se contactarem –, há meses. Mais: assegura ter travado os negócios com o ex-presidente encarnado. “Enquanto for arguido neste processo, não vou fazer nenhuma operação com Luís Filipe Vieira. Depois disso, logo se vê. Claro que, entretanto, ele se quiser pode vender a quem bem entender. Mas eu não comprei nada, nem falei com Vieira. Nem dei qualquer ordem de compra”, vinca, insistindo: “Se ele tem um comprador, não sou eu. É verdade que, há uns meses, isso foi uma possibilidade, mas Vieira disse sempre que não venderia as suas ações sem falar com a SAD. E até acho bem que qualquer operação deste género só avance depois das eleições agora em outubro”.
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