“Só tivemos 12 jogadores e isso é bom”
O treinador revelou-se feliz por ter um plantel curto lembrando o projeto dos leões
“É A NOSSA FORMA DE PENSAR, E VAI SER ASSIM ATÉ AO FIM, MAS A RESPONSABILIDADE É A MESMA E NÓS TEMOS DE GANHAR”
Rúben Amorim partilha da opinião de Jorge Jesus e de Sérgio Conceição e considera que a jornada “devia ser adiada”, mas não está disposto a encontrar desculpas nas seleções caso o Sporting não vença hoje o FC Porto. “Nós temos de ganhar o jogo”, afirmou o técnico após ter confirmado as baixas de Pote, Gonçalo Inácio e Tiago Tomás [mais informação na página 5].
Foi este o mote na antevisão do jogo com o FC Porto, onde o treinador leonino admitiu que o adversário saiu “mais prejudicado em termos de viagens”, e também garantiu que as ausências na sua equipa não lhe retiram qualquer responsabilidade. “O favoritismo é de 50/50. Em relação à preparação, dizem que o FC Porto foi mais prejudicado por ter mais jogadores nas seleções; que fez mais quilómetros e nesse aspeto saiu prejudicado. Nós também só tivemos 12 jogadores [de campo], e isso é bom, pois completámos com miúdos... Fizemos bons treinos e estamos preparados. Quem estiver melhor ganhará o jogo. É certo que nem sempre aconteceu assim, pois já tivemos jogos em que o FC Porto esteve melhor e nós conseguimos um resultado positivo. Também é preciso ter a estrelinha do jogo”, reconheceu. Assumindo-se responsável por ter optado por um plantel curto, o responsável técnico leonino ainda explicou a sua decisão com o projeto que abraçou em Alvalade.
“É a oportunidade para o Gonçalo Esteves entrar na convocatória e poder jogar; do Tiago Ferreira poder jogar; e isto faz parte do projeto. Eu não estou a dizer que isto tira responsabilidade ao Sporting pois, se não ganharmos, a responsabilidade é igual a ter um plantel recheado de craques. É a nossa forma de pensar, e vai ser assim até ao fim, mas a responsabilidade é a mesma e nós temos de ganhar o jogo”, vincou.
Novo desafio
Reconhecendo que esta filosofia origina “algumas dores de cabeça”, Rúben Amorim mostrou-se confiante na véspera do clássico, e garantiu que já passou por situações mais complicadas. “Quando chegámos aqui tivemos de pôr juvenis a jogar para construir o plantel muito rapidamente, e essa foi a fase mais difícil. Aproveitamos os momentos para ver os miúdos”, concluiu.
*