Record (Portugal)

“Árbitro foi o que esteve menos bem”

Técnico portista saiu de Madrid satisfeito com a exibição dos seus jogadores perante o campeão espanhol e com o acerto nas novidades promovidas no onze. Só não gostou das decisões da equipa de juízes romenos

- NUNO BARBOSA. MADRID

Pensa que se perdeu uma grande oportunida­de de conseguir um resultado muito bom?

– Saímos algo frustados pelo que foi o jogo. Mudámos uma ou outra peça no onze e acho que resultou. O Zaidu saiu por ter cartão amarelo e não por estar a jogar mal. É que algumas pessoas esquecem-se do que é bem feito rapidament­e e ele fez uma grande Champions no ano passado. E neste tipo de jogos é importante pelas suas caracterís­ticas. Fomos com Corona e Zaidu nas laterais, achei que o João Mário estaria mais exposto e quis trazer mais alguma experiênci­a. O Atlético tem muita largura e era preciso um bom ‘timing’ e rapidez nas saídas dos laterais. Estou muito contente com os jogadores, pela exibição e boa organizaçã­o defensiva. Não chegámos muitas vezes à frente, tal como o Atlético não chegou, mas as melhores ocasiões de golo foram nossas. Por isso, digo que existe alguma frustração, é verdade. É sinal de que fizemos um bom jogo.

– O que lhe pareceu a jogada do golo anulado?

– Ainda não vi o lance, não sei se há penálti antes da possível mão, mas não posso responder com exatidão. Mas sei que no lance do Mbemba não há razão para a expulsão. O árbitro se calhar foi o que esteve menos bem. O jogo foi competitiv­o, com equipas muito organizada­s, e sabíamos que não criando muitas situações podíamos ter ganho e estivemos muito perto disso.

– Disse que os árbitros portuguese­s não ficam a dever nada aos estrangeir­as?

– São como os jogadores, não preciso que mostrem nos jogos mas sim nos treinos o que podem fazer. Continuo a ter essa opinião, os árbitros portuguese­s são competente­s e nós, infelizmen­te, temos tido arbitragen­s mais difíceis na Champions, contra o Chelsea e o Man. City no ano passado, mas é o que é. Agora não vale a pena lamentar, errar é humano. As pessoas à frente da televisão estão calmamente a ver lances decisivos de vários ângulos, se decidiram assim é porque foi assim. Se isso me deixa contente? É óbvio que não. O lance do Mbemba não é vermelho e há uma situação idêntica com o Felipe que não teve vermelho.

– O Pepe saiu tocado e foi muito pressionad­o pela bancada...

– Saiu magoado, com queixas num gémeo. Estes ambientes fazem parte do futebol, mais assobio, menos assobio... Quando eu era jogador também tive situações em que me assobiaram, até de adeptos da minha equipa. É a paixão do futebol, dos adeptos. *

NA FLASH

“ALGUNS ADMIRARAM-SE DO ONZE MAS ISSO FAZ PARTE, CABE A MIM DECIDIR EM FUNÇÃO DO QUE VEJO DIARIAMENT­E E TAMBÉM DA EQUIPA QUE TEMOS PELA FRENTE”

“FOI UM PONTO CONQUISTAD­O, QUERÍAMOS CONQUISTAR OS TRÊS. SABÍAMOS DA QUALIDADE INDIVIDUAL DO ATLÉTICO. FOI UM JOGO, COMO ESPERAVA, MUITO COMPETITIV­O”

“TIREI ZAIDU AO INTERVALO POR TER AMARELO. SENTI QUE O ÁRBITRO ESTAVA COM FACILIDADE EM DAR AMARELOS AOS JOGADORES DO FC PORTO”

“EU CONTINUO A DIZER COMO JÁ DISSE NA SEMANA PASSADA. OS ÁRBITROS PORTUGUESE­S TÊM QUALIDADE”

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