WAYNE ROONEY
Entidades desportivas nacionais não aceitam que a prova passe a ser de dois em dois anos
LATA: Não teve sorte: assumiu o comando técnico de um clube incapaz de lhe dar condições mínimas de trabalho. O Derby County declarou insolvência e a Liga, ato contínuo, retirou-lhe 12 pontos. Vida difícil.
O futebol português fez questão de marcar uma posição bem clara contra a hipótese de o Mundial passar a ser organizado de dois em dois anos, ao invés de quatro em quatro. Nesse sentido, a Federação Portuguesa de Futebol, a Liga Portugal, o Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol, a Associação Nacional de Treinadores de Futebol e a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol juntaram-se para explicar o porquê de rejeitarem esta ideia. “Não podemos ser favoráveis a que uma medida destas seja implementada e ainda menos como resultado de um processo de consulta inexistente, no que aos clubes, ligas, federações, sindicatos de jogadores, treinadores e árbitros diz respeito”, pode ler-se no comunicado conjunto. Destacam-se dez fatores que justificam esta posição, como “a sobrecarga dos calendários e a saúde física dos atletas” ou “o impacto sobre a saúde mental dos jogadores, obrigados, neste formato, a fazerem duas concentrações anuais de várias semanas”. Por outro lado, também se destaca “a sobreposição de provas continentais e intercontinentais
FEDERAÇÃO, LIGA, SINDICATO E ASSOCIAÇÕES DE ÁRBITROS E TREINADORES JUNTAM-SE PARA MARCAR POSIÇÃO
masculinas e femininas nos mesmos anos, retirando impacto à forte aposta que se tem feito na promoção do futebol feminino um pouco por todo o Mundo e em particular na Europa”.
Destaque ainda para o facto de os clubes “ficarem sem competição durante mais de um mês seguido durante a época desportiva”, bem como para o “aumento do risco de lesão em torneios concentrados de apuramento e fases finais”. O comunicado refere ainda o impacto na visibilidade das provas nos escalões sub-21 e sub-20, além da “saturação evidente do mercado de direitos televisivos e comerciais ao duplicar a periodicidade da maior prova do Mundo, provocando danos por medir nas ligas nacionais e no valor dos seus direitos”.
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