RACISMO PODE FECHAR AS PORTAS EM VIZELA
Artigo 113.º do código disciplinar prevê sanção aos clubes em caso de discriminações
O Vizela corre o risco de ser punido com jogos à porta fechada, devido ao caso de racismo de que Douglas Tanque foi alvo no domingo. O avançado brasileiro terá sido apelidado de “macaco” por um adepto do Vizela, segundo relato de fonte pacense, e esse apoiante até foi identificado pela GNR no local. Ora, de acordo com o artigo 113º do Regulamento Disciplinar da Liga, os clubes podem ser punidos com dois a cinco jogos à porta fechada e ainda com multa a fixar-se entre os 25.500 e os 127.500 euros. Isto, claro, caso seja decidido pelo Conselho de Disciplina da FPF que o Vizela “promoveu, consentiu ou tolerou (...) comportamentos que atentem contra a dignidade humana em função da raça, língua, religião, origem étnica”. Para essa decisão, o CD terá em conta os relatórios tanto dos delegados da Liga presentes no jogo como da própria GNR. Ontem, entretanto, os dois emblemas manifestaram-se contra qualquer tipo de comportamento racista. “O Vizela não aceita, não tolera e condena qualquer tipo de reação racista ou xenófoba. Sobre este alegado caso em particular, o Vizela só
REPÚDIO COMUM A VIZELA E P. FERREIRA, SENDO QUE A NOTA PACENSE FOI PARTILHADA POR DOUGLAS TANQUE
conhece os factos e os factos são de que um adepto do Vizela foi identificado pela GNR, a pedido de um jogador e de um dirigente do P. Ferreira, alegadamente por insultos a outro jogador pacense, mas cujo teor desconhecemos”, anotou fonte minhota. “Este tipo de atitudes não pode ter lugar no desporto nem em qualquer outro contexto. Este foi um ato perpetrado por uma única pessoa e que em nada representa o Vizela e os seus adeptos”, vincou o P. Ferreira, em comunicado. Douglas Tanque partilhou essa nota através do Instagram, com uma foto sua num jogo com a mensagem ‘Racismo Não’ nas costas. Recorde-se que o V. Guimarães foi punido com três jogos à porta fechada e multa superior a 53 mil euros devido ao caso Marega .
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