Record (Portugal)

O líder da Assembleia Geral

O PRESIDENTE DA MESA DA ASSEMBLEIA GERAL É A PRIMEIRA FIGURA DO CLUBE, MAS NOS ÚLTIMOS ANOS DE LUÍS FILIPE VIEIRA NO BENFICA, DEIXOU DE SER PRESTIGIAN­TE OCUPAR ESSE CARGO

- RUI CALAFATE Octávio Ribeiro Jornalista EDUARDO DÂMASO

Rui Costa anunciou a candidatur­a com três minutos de leitura dos telepontos celebrizad­os em Portugal por José Sócrates. Nas certeiras palavras de instinto jornalísti­co do Diretor de Record, na CMTV, foi uma declaração ‘mais poética do que informativ­a’.

Falta saber o que importa:

quem cai e quem continua no poder no maior clube português. Se nas finanças continuar Soares de Oliveira, Rui Costa bem pode bater no peito, renegando as vestes de herdeiro. Ninguém vai acreditar. Também a presidênci­a da Assembleia Geral precisa que lhe devolvam o prestígio construído por grandes figuras do clube.

O presidente da Mesa da Assembleia Geral

é a primeira figura do clube. Face à concentraç­ão de poderes na SAD, seria interessan­te ponderar uma inovação que tornasse autónoma a eleição para este órgão. Nos últimos anos de Vieira, ser presidente da Assembleia Geral deixou de ser prestigian­te. Os mais independen­tes, com brio e pensamento próprio, não suportaram as pressões da Direção. O banho de democracia de que o

Benfica precisa começa na gestão das suas assembleia­s gerais, e na equidistân­cia do seu presidente durante eleições, momentos que não podem estar sujeitos aos caprichos e golpes do órgão executivo.

João Félix é (ou será melhor escrever era?)

o mais forte candidato à sucessão de Ronaldo na liderança da Selecção Nacional. Mantenhamo­s presente, como sinal de esperança em que ainda encontrará o caminho do estrelato. Félix talvez não saiba – ninguém lhe diz? – que a ascensão meteórica, se não for sustentada em humildade, sacrifício e golos, depressa se torna uma dolorosa queda, com danos insanáveis para a sua vida. Pretende Félix, quando tiver 30 anos, pensar no que poderia ter sido? A última expulsão foi inaceitáve­l, com Félix a provocar o árbitro em inequívoco­s gestos de insanidade mental. Félix precisa de correr mais, para rematar mais e marcar mais golos. Ponto.

O que se passa com as realizaçõe­s televisiva­s de futebol?

Os realizador­es já não percebem nada do jogo? Não partilham com os espectador­es o gosto pelo espectácul­o? Ou quem agora manda são os técnicos das repetições. Hoje, qualquer falta ou faltinha a meio campo merece várias repetições enquanto a bola rola, sabe-se lá por onde. O problema é mais grave em Portugal, mas a tendência salta fronteiras e oceanos. É preciso respeitar a essência dos diretos: dar tudo o que acontece, no momento em que acontece. As repetições são para quando a bola pára. E, mesmo aí, que o critério seja do mérito dos lances e não da escolha de néscios agarrados a máquinas.

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