Eleições no Benfica: ideias, sim! Ofensas, não!
Começo escrevinhando sobre eleições, não sobre as que decidirão quem serão os máximos responsáveis pelos destinos das nossas localidades, que essas são contas de outro rosário, mas sobre as que se vão realizar num dos mais importantes clubes mundiais – o Benfica. Candidatos à presidência, hoje, há dois, Rui Costa e Francisco Benítez, e até é possível que outras candidaturas se lhes juntem. Mas haja duas, três ou mais, o que espero, primeiro, é saber que propostas cada uma delas irá apresentar. Sei bem, até por ter acompanhado de perto vários actos eleitorais dos encarnados por força da minha antiga actividade profissional, que os nomes dos candidatos costumam ter para os adeptos muita mais força e importância do que os programas. Tal como são importantes as promessas, algumas em desespero de última hora, que nestes casos são fáceis de fazer e, com frequência, difíceis e até impossíveis de concretizar. Nestes processos, infelizmente, vale (quase) tudo.
Desejo e espero que nada disto se verifique e que os candidatos e, sobretudo, os apoiantes saibam ter uma atitude digna da grandiosidade do clube a que pertencem. Debater ideias, sim! Debater programas, sim! Debater o futuro, sim! A ofensa gratuita, como se começa a ver sobretudo nas redes sociais, não! E os candidatos devem ser os primeiros a dar o exemplo!
Assisti estupefacto à conferência de imprensa – façamos de conta que foi uma… - do treinador do Barcelona. Koeman leu um comunicado e retirou-se sem responder a perguntas. Foi explosivo, mas realista, tendo em conta a catastrófica situação financeira e desportiva do clube . Saberemos hoje, após o jogo com o Cádiz, se essas verdades não lhe vão sair caras. Ou se um triunfo, como aconteceu quarta com a Juventus, fará esquecer a fúria dos adeptos perante as palavras de Allegri depois do empate com o Milan: “Putos de merda, e querem eles jogar na Juve!” Em ambos os casos aplica-se o velho ditado que diz que em casa onde não há pão…