CHAVE DA VITÓRIA ESTEVE NA EFICÁCIA
Boavista letal no remate conseguiu a reviravolta frente a castores que foram muito perdulários
O Boavista deu um passo importante para lutar com o Sp. Braga pelo apuramento para a ‘final 4’ da Allianz Cup, depois de vencer em Paços de Ferreira. Maior frieza na finalização foi a chave do triunfo axadrezado, num jogo de domínio repartido. Entraram melhor os pacenses, sempre mais pragmáticos nas transições ofensivas. E nem o facto de Jorge Simão ter operado uma revolução no onze (só Jorge Silva manteve a titularidade) retirou confiança à equipa. O guarda-redes Vekic e o central Nuno Lima fizeram as estreias absolutas e enquadraram-se na perfeição na estratégia montada pelo treinador para esta partida. A pressão exercida e os muitos remates à baliza (já somavam 12 aos 25 minutos) eram demonstrativos de que o P. Ferreira pretendia deixar marca na competição. O golo de João Pedro deixava antever essa vontade. O ponta-de-lança foi o mais rematador, mas só por uma vez conseguiu finalizar com sucesso, não traduzindo em golos o intenso domínio sobre o adversário.
O Boavista esteve irreconhecível na primeira parte e só por uma vez conseguiu ameaçar a baliza de Vekic. Insatisfeito com a fraca produtividade, João Pedro Sousa fez duas alterações ao intervalo e a verdade é que funcionaram. Ganhou algum domínio e passou a construir situações pelas alas com resultados práticos. Os efeitos desta mudança de comportamentos deram no golo do empate, apontado por Yusupha. Um lance que revelava o maior atrevimento dos axadrezados neste período, embora a estatística apresentava uma menor capacidade de rematar à baliza (os castores terminaram com mais do dobro dos remates). Sauer, que havia entrado ao intervalo conseguiu a reviravolta, num castigo demasiado pesado para os pacenses, que ainda perderam Eustáquio, expulso já perto do final.
*