Record (Portugal)

HOUVE MESMO INFERNO

Sonny Colbrelli histórico no Paris-Roubaix, em ano de estreia, numa corrida com chuva, lama e barro

- ANA PAULA MARQUES

Sonny Colbrelli deitado no chão a chorar compulsiva­mente diz bem da felicidade que o italiano estava a viver naquele momento no Velódromo de Roubaix. Vencer o Paris-Roubaix é um feito que todos desejam um alcançar, mas fazê-lo na estreia, nas condições em se disputou a corrida e bater na meta um dos grandes candidatos e aquele que mais terá trabalhado no grupo da frente para chegar à vitória, não está ao alcance de todos. O holandês Mathieu van der Poel (Alpecin) acabou por ser ‘apenas’ terceiro, ainda atrás do belga Florian

Vermeersch (Trek). “Inacreditá­vel! Vencer o meu primeiro Paris-Roubaix na estreia. Não sei o que dizer, estou muito feliz”, disse Colbrelli, depois de recuperar das emoções da legendária vitória na mítica corrida dos pavés. O ciclista da

Bahrain, de 31 anos, conseguiu o 12º triunfo de um italiano, mas o primeiro desde 1999, quando se sagrou vencedor Andrea Tafi. Numa edição (118ª) como há muito não se via, marcada por chuva, lama e barro, tornando ainda mais difíceis os troços de paralelo – o nome como é conhecida a clássica, ‘Inferno do Norte’, fez ontem todo o sentido –, outro transalpin­o esteve em destaque. Gianni Moscon isolou-se na frente a corrida a meia centena de quilómetro­s da meta e apesar de furo e quedas resistiu até faltarem 14, altura em que foi alcançado por Colbrelli, Vermeersch e Van der Poel. O ciclista da Ineos ainda viria a ser quarto, à frente do grupo onde estava integrado outro dos favoritos, o belga Wout van Aert (Jumbo).

RUI OLIVEIRA (EMIRATES) E ANDRÉ CARVALHO (COFIDIS) FORAM DOIS DOS DESISTENTE­S NA CORRIDA DOS PAVÉS

Portuguese­s desistiram

Rui Oliveira (Emirates) e André Carvalho (Cofidis) também se estrearam no Paris-Roubaix tal como Colbrelli, mas ambos integraram a vasta lista de desistente­s, sendo que outros terminaram, mas fora do controlo.

 ?? ?? ÉPICO. A passagem pelo setores de pavés deixou marcas, ao ponto de os ciclistas ficarem quase irreconhec­íveis. Colbrelli mais rápido que Vermeersch e Van der Poel
ÉPICO. A passagem pelo setores de pavés deixou marcas, ao ponto de os ciclistas ficarem quase irreconhec­íveis. Colbrelli mais rápido que Vermeersch e Van der Poel
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