Record (Portugal)

“Golo do Coates mudou o jogo”

Técnico reconhece desconfort­o no primeiro quarto de hora, mas a cabeçada certeira do capitão deu o mote para uma goleada que, a seu ver, podia até ter sido mais robusta. Descanso só surgiu com o golo de Paulinho

- RICARDO GRANADA

Poucas equipas foram capazes de marcar quatro golos ao Besiktas em sua casa. É o melhor elogio a ser feito ao Sporting?

– Sabíamos que seria um jogo difícil, e foi. Os primeiros 15’ foram do Besiktas, tivemos dificuldad­e em ter a bola. Depois o golo do Coates, que mudou-nos o jogo. As situações do jogo mudam completame­nte a dinâmica. Foi o que aconteceu. Daí partimos para uma exibição muito boa, tivemos varias saídas e podíamos ter feito melhor. Fomos competente­s defensivam­ente. O golo anulado ao Besiktas foi importante, porque fomos com vantagem de dois golos para o intervalo. Na 2ª parte podíamos até ter feito mais golos.

– Qual foi a chave da vitória?

– Só a partir do 4º golo é que senti que o jogo estava ganho. Estávamos a falhar oportunida­des e se uma equipa como o Besiktas faz o 3-2, nem que seja aos 90’... Nós somos uma equipa assim, já marcámos nos descontos. A partir do 4-1 senti que estava decidido.

– Existia a indicação do banco para o Porro bater o penálti?

– O Porro fui eu que mandei – até disse que era o Pote a bater, que só saiu por lesão. Queria mudar o lado. Sabia que eles tinham reparado que o Porro marcou dois penáltis, não quer dizer que ele não mude, mas não estava confortáve­l. E eles lá resolveram. Eu dou a indicação, se falharem pode ser que haja problema, se não falharem eu já nem me lembro quem deveria ter marcado [risos] Decidiram e por mim bem decidido.

– Disse que o Pote saiu por lesão. Qual a magnitude do problema?

– Foi cansaço, fez o jogo praticamen­te todo, correu muito. Penso que não será nada de grave.

– Qual era o seu objetivo com o posicionam­ento do Sarabia e do Pote nos corredores do ataque?

– Depende das carateríst­icas dos adversário­s. Queríamos o pé mais confortáve­l quando a bola chegasse ao lateral e ele metesse a bola na linha. Não é nada de novo.

Vamos tentando ver o que cria mais problemas aos adversário­s. Eles jogam bem dos dois lados.

– A seu ver, quais as vantagens do sistema com três centrais?

– Temos várias nuances. As pessoas dizem que são sempre três centrais, eu não acho, até adaptamos laterais. A equipa precisou de tempo, teve-o e agora temos de mudar porque as equipas já nos conhecem. Sabemos que temos muitas lacunas. É um sistema que pode mudar no futuro. *

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