Record (Portugal)

Votar em Rúben Amorim

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VARANDAS CONTINUA

SEM CONSEGUIR CHEGAR

AO CORAÇÃO DA NAÇÃO SPORTINGUI­STA

TAL COMO NA NARRATIVA DA HISTÓRIA EXISTE UM PERÍODO A.C E D.C. (ANTES E DEPOIS DE CRISTO), NA CRONOLOGIA DE VARANDAS HÁ UM A.R.A E UM D.R.A.(ANTES E DEPOIS DE RÚBEN AMORIM)

A propósito do Benfica, Jorge Jesus afirmou: “quem anda sempre em eleições poucas vezes ganha”. É uma verdade insofismáv­el. A estabilida­de é meio caminho andado para o sucesso, a calmaria impede as vagas revoltas. Durante muitos anos o Sporting foi (apesar de boa gente no dirigismo) uma espécie de papagaio de papel no olho do furacão de egos, figuras sem currículo e também das elites medíocres e incultas promovidas nos media e que espalharam o perfume da sua incompetên­cia durante décadas em que os verde e brancos foram uma potência adiada e à beira do abismo.

Quando existem eleições num clube,

há três vertentes essenciais numa campanha. A desportiva, a económico-financeira e a comunicaci­onal/empática. No primeiro ponto, o Sporting viveu na época transacta um dos melhores anos de sempre com a cereja no topo do bolo da conquista do campeonato nacional de futebol. Continua competitiv­o nas modali- dades e no desporto-rei há uma comunhão total com treinador e equipa, aqui Frederico Varan- das tem a sua fortaleza.

No segundo vértice, surgirão críticas válidas à gestão

pois a situação financeira é muito dé- bil o que leva à constante sombra - da qual sou frontalmen­te opositor - de que se caia na ten- tação de vender a SAD a um qualquer saco de dinheiro sem alma.

No último ponto, reside a maior fraqueza do presidente.

Como aqui escrevi no momento do título, era tempo de quem lidera aproveitar a onda e dar sinais de abertura e estabelece­r pontes com diversas sensibilid­ades de Alvalade. É na vitória que devemos ser magnânimos e fumar o cachimbo da paz, contudo, nada foi feito. Não se aproveitou esse tempo de glória para criar mais laços de empatia, Varandas continua sem conseguir chegar ao coração da nação sportingui­sta. As dificuldad­es de comunicaçã­o permanecem evidentes, tudo isto devia ser melhorado e há condições para o fazer, basta bom aconselham­ento. E devia escutar as sábias palavras de Francisco Benitez após a vitória de Rui Costa no clube rival: “a união não se pede, conquista-se”.

Há, no entanto, algo que blinda o presidente,

o seu seguro de vida. Na semana passada recebi inúmeras mensagens simpáticas por aqui ter escrito o óbvio e fulcral das próximas eleições no Sporting. A enorme maioria dos adeptos vai votar em Rúben Amorim. Porque tal como na narrativa da história existe um período A.C e outro D.C. (Antes e Depois de Cristo), na cronologia de Varandas há um A.R.A e o D.R.A. (Antes e Depois de Rúben Amorim). Antes dele o caos, depois com ele a bonança. E os sócios preferem tê-lo ali como treinador, a fazer muitas vezes de presidente, como director desportivo e director de comunicaçã­o. Rúben Amorim é o selo de confiança, a marca de qualidade do actual Sporting. Ponto. * Texto escrito com a antiga ortografia

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