Record (Portugal)

JOGO DE ALTO RISCO CONTRA O MARÍTIMO

- VÍTOR PINTO E RUI SOUSA

Sérgio Conceição sente estar perante um dos jogos mais difíceis. Meio-campo e ataque com limitações severas

O regresso do FC Porto ao trabalho, esta manhã, no Olival, será palco de um verdadeiro toque a reunir. Sérgio Conceição está extremamen­te preocupado com a receção ao Marítimo, no próximo domingo, dadas as enormes limitações de recursos com que terá de lidar durante esta semana.

Há regressos na calha para a defesa [ver peça ao lado], mas a questão grave centra-se do meio-campo para a frente, onde para preencher seis posições só existem oito jogadores disponívei­s. Uribe, Luis Díaz e Taremi são ausências de peso que colocam um teste de stresse ao plantel frente a um adversário que tem sido problemáti­co nos duelos recentes.

Sérgio Conceição não tem dúvidas e, ao contrário do cenário cor de rosa que parecia resultar do alargament­o da vantagem na liderança para seis pontos, a mensagem que vai ser passada ao balneário estará foca- da no facto de, face ao Marítimo, o FC Porto enfrentar um dos jo- gos mais difíceis da temporada. O plantel terá de ser praticamen­te metido numa redoma até domingo, dado que qualquer baixa adicional poderá tornar-se dramática.

Competitiv­idade

Como sinal animador surge o facto de o FC Porto já ter sido forçado recentemen­te a lidar com

baixas, nomeadamen­te perante o Benfica para o campeonato, mostrando-se capaz de dar uma resposta à altura. Por isso a fasquia da competitiv­idade não pode baixar perante os verde-rubros, sendo de crer que Grujic tenha uma oportunida­de no lugar de Uribe, suportando as investidas ofensivas de Vitinha, Otávio, Fábio Vieira, Pepê e Evanilson, ainda que Francisco Conceição possa entrar nas cogitações, o que já será menos previsível no caso de Toni Martínez, o outro avançado que resta neste grupo.

A partir daí, resta a Conceição o conforto de, se tudo correr dentro da normalidad­e, poder apresentar a melhor linha defensiva dos dragões, com a reentrada no onze de João Mário, Pepe e Zaidu, o que, caso sejam essas as opções para o onze, assegura contributo­s ofensivos com recuperaçõ­es eficientes dos laterais, bem como maior liderança no eixo defensivo após alguns lapsos recentes de Fábio Cardoso.

O problema para o técnico é sobretudo a falta de margem de erro, que tem tempos pandémicos eleva muito a ansiedade.

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