Sucesso é com elas
O Benfica tem feito um forte investimento no desporto feminino, com destaque para as modalidades de pavilhão. A aposta no basquetebol, futsal, hóquei, andebol e voleibol tem resultado na conquista de vários títulos
O Benfica tem feito um forte investimento no desporto feminino, com os resultados a estarem bem à vista. Em Portugal, as águias são quem domina nesta vertente, com destaque para as cinco modalidades de pavilhão, entre outras [ver peça ao lado]. Record falou com os treinadores e capitães das equipas de basquetebol, futsal, hóquei em patins, andebol e voleibol, de forma a perceber de que forma as condições oferecidas pelo clube têm um papel relevante no sucesso. Começando pelo basquetebol, o Benfica teve uma época hegemónica, ao conquistar as quatro competições: Liga Betclic, Taça de Portugal, Taça Federação e Supertaça. “De facto, o Benfica é um clube diferente. Tenho 36 anos de carreira sempre no feminino e é um clube ímpar. Não conheço nenhuma organização que tenha tantas equipas femininas, profissionais ou semi-profissionais. É um orgulho muito especial fazer parte deste projeto. No Benfica existe uma forte cultura desportiva e o nosso objetivo é rentabilizar as condições que temos à disposição. Somos sérios e profissionais”, disse-nos o técnico Eugénio Rodrigues, de 52 anos, reforçando que o desporto feminino está a evoluir: “Tem sido um tremendo crescimento. Cada vez mais adeptos nos pavilhões, com mais interesse em acompanhar a equipa. Creio que esta dinâmica está para ficar”. No futsal, o Benfica celebrou a conquista do quinto título nacional consecutivo, juntando a Supertaça. O técnico Luís Estrela, de 43 anos, aplaude o projeto. “O Benfica tem feito uma aposta consistente e inovadora no desporto feminino. Tem dado passos importantes em encurtar a distância em relação ao masculino. Tem sido uma aposta estratégica bem positiva, o clube tem dado todas as condições para evoluir de forma regular e consistente”, sublinhou, deixando uma garantia: “O desporto feminino está a crescer, não só a nível do rendimento desportivo, como também na qualidade e na logística disponível”.
No andebol, João Florêncio conduziu o Benfica a uma temporada de sonho, conquistando o campeonato e a
Taça de Portugal, num percurso sem derrotas.
“É com muita gratidão que vejo a aposta do clube no feminino. O que o Benfica está a fazer é de destacar, porque esta aposta valoriza a mulher no desporto. Por exemplo, hoje a minha filha já tem algumas referências, algo que o meu filho já tem há mais tempo. Está aberto um caminho do ponto de visto social. Esta evolução do feminino é um avanço civilizacional”, reflete o técnico de 40 anos.
No hóquei, Paulo Almeida lidera uma equipa que ganhou três provas em 2021/22. “Atualmente o Benfica é em Portugal o único clube que consegue apostar nas cinco modalidades coletivas de pavilhão masculinas e femininas em seniores. O Benfica tem levado o hóquei ao topo. Há uns nove anos o hóquei feminino estava quase a morrer… e agora está num patamar muito elevado. Isso deve-se ao Benfica”, diz-nos o treinador de 53 anos.
E, no voleibol, o técnico Nuno Brites, de 49 anos, destacou a evolução na segunda época das águias na elite após o regresso. “A aposta no feminino é muito positiva, era uma vertente que estava pouco desenvolvida. A entrada dos grandes clubes, nomeadamente o Benfica, veio dar mais visibilidade. Houve um grande salto qualititativo, também ao nível das transmissões, trazendo mais praticantes e adeptos”.
“NO BENFICA HÁ FORTE CULTURA DESPORTIVA. O OBJETIVO É RENTABILIZAR AS CONDIÇÕES QUE TEMOS”, DIZ EUGÉNIO RODRIGUES