VITÓRIA DA REVOLTA
José Neves (W52-FCP) dedicou triunfo no GP Douro aos colegas e staff suspensos pela ADoP
José Neves fez história ontem, ao conquistar, de forma solitária (único ciclista de uma equipa), o 2º Grande Prémio Internacional do Douro.
Em Lamego, o ciclista da W52-FC Porto segurou a camisola amarela, apesar da escassa vantagem (15 segundos) que tinha para o segundo da geral, António Carvalho (Glassdrive), e da dificuldade do percurso, com um circuito final muito exigente.
O campeão nacional de 2021 correu sozinho, ou seja, sem qualquer companheiro de equipa, depois de os restantes terem sido obrigado a abandonar a prova antes da terceira tirada por estarem suspensos pela ADoP, na sequência da operação ‘Prova Limpa’. E no final, fez questão de partilhar o título com todos eles.
“É uma vitória bastante sofrida. É dedicada aos meus companheiros e a todo o staff”, confessou José Neves, pouco depois de ter sido felicitado por um de grupo de adeptos da equipa e nomeadamente do FC Porto, que entoavam gritos de revolta contra a situação em que está envolvida a W52-FC Porto.
Quintanilha dedica a PC
Também o patrão da equipa, Adriano Quintanilha, felicitou Neves, tendo o empresário acompanhado os adeptos na indignação. Depois, em declarações ao Porto Canal, dedicou a vitória a Pinto da Costa, “que deve ter sofrido muito durante estes dois ou três dias”, assim como “a toda a direção do FC Porto, a todos os associados e simpatizantes”. José Neves terminou o Grande Prémio Douro Internacional com os mesmos 15 segundos de avanço para António Carvalho, sendo que o pódio fechou com o espanhol Delio Fernandez (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel), que ficou a 30 segundos.
A última foi ganha por César Fonte (Kelly), que atacou a 20 km da meta, para vencer com 1.31 minutos sobre o pelotão, onde estava integrado José Neves.