FOCO NO EURO
Auriol Dongmo quinta na final do peso, com 19,92 metros, longe dos 20,43 que já fez este ano
“É tempo de pensar à frente, nos Europeus”, desabafou Auriol Dongmo, depois de terminar o lançamento do peso dos Mundiais de Eugene, em 5º, com uma marca algo modesta (19,62 metros), tendo em conta que chegou aos Estados Unidos com o segundo melhor registo do ano, 20,43 (recorde nacional, feito em pista coberta), que lhe dariam pelo menos a prata, apenas atrás da norte-americana Chase Ealey, que lançou a 20,49 metros. “Não vou dizer que foi uma final difícil”, começou por dizer a atleta lusa, frisando que há coisas que não se conseguem controlar. “Eu estava bem, no aquecimento também estava bem, fiz uma boa marca, mas não consegui concretizar isso, não sei explicar o que aconteceu”.
Ainda assim, Auriol Dongmo, que foi quarta em Tóquio’2020, recusou a ideia de que tenha acusado alguma ansiedade para não colocar na prova o que tinha feito momentos antes.
“Não tive ansiedade, tecnicamente eu não estava a funcionar bem. Às vezes não conseguimos explicar o que nos sucede”, referiu, afirmando que estava mais bem preparada na final dos Jogos Olímpicos, mas que neste Mundiais também se sentia “bem”. O concurso do lançamento do peso foi então ganho por Ealey, que em março, nos Mundiais de pista coberta, tinha ficado atrás de Dongmo, ficando o pódio completo com a campeã mundial em Doha’2019, a chinesa Lijiao Gong (20,39), e a holandesa Jesscia Schilder, com 19,77, a mesma marca que a canadiana Sarah Mitton conseguiu no último ensaio, “empurrando” Auriol Dongmo para o quinto lugar. O foco da luso-camaronesa, de 31 anos, vira-se agora para os Europeus, de 15 a 21 de agosto, em Munique, na Alemanha, caindo para já por terra a primeira hipóteses de medalha para Portugal nestes Mundiais. Veremos como ficará Patrícia Mamona, na final do triplo salto, a disputar esta madrugada.
“ESTAVA BEM, NO AQUECIMENTO TAMBÉM ESTAVA BEM, MAS NÃO CONSEGUI CONCRETIZAR ISSO”, ADMITIU A LANÇADORA