As queixas de Varandas
çAs críticas de Frederico Varandas à arbitragem da final de Leiria perderam alguma efetividade por não terem sido completamente acuradas, omitindo situações de benefício próprio que os rivais portistas rapidamente aduziram (situação que teria sido facilmente evitada com um apoio mais minucioso da sua retaguarda ou, então, com uma reação menos imediata). Também podem ser vistas como um pouco extemporâneas em função de surgirem maioritariamente após os confrontos com o FC Porto, mas aqui percebe-se a intenção de arremeter sempre contra quem (leia-se Pinto da Costa) o presidente leonino considera o principal agente do “condicionalismo que os árbitros ainda têm”.
Não é uma originalidade, tendo sido uma estratégia já adotada por outros líderes do Sporting, e não só. De facto, é até um posicionamento cotidiano nos países latinos. Ainda há dias, Miguel Ángel Gil Marín acusava o Real Madrid de ter criado um “sistema” que lhe garante os favores dos árbitros, isto após o seu Atl. Madrid ter perdido (1-3) no Santiago Bernabéu e ser eliminado da Taça de Espanha, num jogo em que terá sido perdoada a expulsão a Ceballos (70’), acabando por ser expulso o defesa Savic nos minutos finais. No comunicado que fez a manchete dos principais jornais desportivos espanhóis, o filho de Gil e Gil afirmava: “Esse estádio e a cor dessas camisolas não deveriam pesar na hora de tomar decisões justas”, para acrescentar que “qualquer um que observe de fora pode ver que desde há décadas ocorre quase sempre o mesmo”.
Apetece dizer que… lá como
cá. Não tenho dúvidas de que o FC Porto e o Benfica, tal como o Real Madrid e o Barcelona, são as equipas mais beneficiadas no futebol ibérico. Mas também não estarei longe da verdade se disser que o Sporting, tal como o At. Madrid, foram sempre mais bem tratados pelos árbitros do que as restantes equipas dos respetivos calendários nacionais… Ou seja, os outros é que são os principais mártires.