Record (Portugal)

Pinheiro e o árbitro- -sombra

QUANDO OS PORTISTAS ENCONTRAM UM ÁRBITRO QUE MAIS MEREÇA ESSE NOME, ARRISCAM O TRISTE ESPETÁCULO QUE ONTEM SE VIU NA MADEIRA. VERMELHOS EM BARDA, PARA TREINADORE­S E PARA UMA JOVEM PROMESSA (FOLHA)

- Octávio Ribeiro Jornalista CRAQUE

Mais uma vez, o inverno foi traiçoeiro para a competição nacional. Sem Enzo, Porro e Vitinha, a liga portuguesa ficou empobrecid­a. Dos quatro clubes em busca dos palcos da Champions, só o FC Porto não perdeu tração. Veremos até final do campeonato que significad­o poderá assumir a capacidade de retenção de talentos que os portistas mostraram e os outros não.

O Sporting goleou de novo um Sp. Braga em descontrol­o emocional.

Erros infantis, expulsão gratuita, no primeiro jogo sem Vitinha e com Ricardo Horta desapareci­do, até ao momento em que escrevo, sem explicação. A luta pelo terceiro lugar é o objetivo mais próximo para este Sporting que está a fazer despontar mais um talento. Chermiti tem pinta de craque. Deixem-no ganhar o seu espaço sem excesso de pressão.

O FC Porto está em modo pressionan­te.

Pressão sobre os adversário­s, pressão sobre a bola e, principalm­ente, pres- são sobre os árbitros. Quando os árbitros são como João Pinheiro – como podem alguns especialis­tas achar que é o melhor árbitro português? – a coisa corre bem para esta estratégia portista. Otávio torna-se como que um árbitro-sombra, o excelente médio grita e o árbitro apita. Quando os portistas encontram um árbitro que mais mereça esse nome, arriscam o triste espetáculo que ontem se viu na Madeira. Vermelhos em barda, para treinadore­s e para uma jovem promessa. Folha não teve tempo para mostrar a muita qualidade que mostra na equipa B.

Esta hípersensi­biliade dos portistas

tem um péssimo efeito sobre os espetáculo­s que deveriam protagoniz­ar. Os jogos são feios, com demasiadas paragens, sem capacidade de atração de novos adeptos. E, com a qualidade técnica e atlética do plantel, não se vê qualquer vantagem neste tipo de abordagem.

Os benfiquist­as respiraram de alívio com a exibição em Arouca.

A vitória foi categórica, neste primeiro teste pós-Enzo. Veremos como evolui a equipa. Parece uma evidência de que o lugar deixado vazio pelo excelente argentino irá impor uma passagem de João Mário para o meio. Chiquinho é garboso, certamente, excelente profission­al, mas não tem dimensão para aquela tarefa. Se Chiquinho provar o contrário, aqui estarei para dar a mão à palmatória.

Uma última nota para o alegado relvado de Arouca,

com tanta areia como relva. Com palcos destes, o futebol português não vai longe. A Liga deve exigir qualidade mínima aos relvados. Que este, de Arouca, atualmente não tem. Uma vergonha!

CHERMITI TEM PINTA DE DEIXEM-NO GANHAR O SEU ESPAÇO SEM EXCESSO DE PRESSÃO

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