AMORIM ESTÁ SEGURO E NÃO DESISTE
Treinador acredita que dará a volta ao mau momento e a boa relação com Varandas permanece intacta. Tem contrato até junho de 2026 e intenção é ir até ao fim
O Sporting está a realizar uma época longe dos objetivos estabelecidos, vai somando tropeções e mesmo que tenha conseguido, diante do Midtjylland, no último minuto, levar empatado (1-1) o playoff da Liga Europa para o jogo na Dinamarca (dia 23), a verdade é que os leões não se livraram de um forte coro de assobios. Rúben Amorim parece continuar a passar – quase – incólume ao descontentamento dos adeptos, mas também nos cabe pontuar em que posição está o treinador do futebol numa altura em que as coisas apertam. Mesmo em quarto lugar no campeonato, a 8 pontos do Sp. Braga, terceiro classificado – longe de lugares de Champions –, eliminado da Taça de Portugal (pelo Varzim, do terceiro escalão) e derrotado na final da Allianz Cup, diante do FC Porto, a continuidade do técnico, sabe Record, nunca esteve nem está em causa: e tudo por culpa da relação de proximidade que tem quer com o presidente Frederico Varandas, mas também com o diretor-desportivo Hugo Viana. Apesar de, no defeso, terem exis- tido episódios que acabaram por bloquear as intenções de Amorim, como a venda de Matheus Nunes ao Wolverhampton, a verdade é que a estrutura se mantém unida e extremamente confiante que o projeto executado no campo por Rúben irá continuar a dar frutos; o presente ano desportivo foi mal planeado – e isso já foi assumido publicamente –, os erros acumulam-se, mas a vontade é de retoma, estando já 2023/24 em andamento, com a promessa de um plantel competitivo, com a manutenção de pilares como Gonçalo Inácio, Ugarte, Edwards ou ainda Pote.
Registos não mentem...
... e mostram que a temporada verde e branca está, de facto,
DISCURSO É DE CONTINUIDADE: “NUNCA ME SENTI TÃO REALIZADO COMO ME SENTI AQUI. PROMETO QUE SEREI MELHOR”, GARANTIU
bastante abaixo das expectativas: com 34 jogos disputados, o Sporting soma 19 vitórias, o que lhe dá uma percentagem de sucesso de quase 59%, inferior se tivermos em consideração as duas épocas completas que Rúben fez antes da atual (em 2019/20 entrou em março, perto do fim): na anterior, os triunfos representavam 70,2% dos encontros e na do título (2020/21) ficou ainda mais acima (76,2%). “Nunca me senti tão realizado, mesmo como jogador, como me sinto no Sporting. Quando tiver de acabar, acabou. Eu percebo que os adeptos estão chateados, sei que um dia vão existir lenços brancos, mas também lhes quero dizer que há um caminho que temos de percorrer juntos. A vida de um treinador e de um presidente são os resultados, mas prometo que serei melhor”, disse a seguir à igualdade diante da formação dinamarquesa, defendendo-se não só a si, mas a todo o projeto. Mesmo em ‘crise’, o técnico segue de pedra e cal.
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