LEALDADE AO MAFRA COMEÇOU NA DISTRITAL
Chiquinho Carlos trocou o Brasil pelo Benfica, mas foi na turma mafrense que se tornou no ‘faz-tudo’
Chiquinho Carlos construiu uma carreira respeitosa no futebol português, mas o seu nome é elevado ao estatuto de ‘lenda’ para os lados do concelho de Mafra, mesmo que o próprio sorria timidamente e abane com a cabeça, como que não querendo aceitar a real importância que tem no futebol daquela região. Chiquinho Carlos tem 59 anos, está em Portugal há 37 e acumula 21 ao serviço do clube, sendo que esta história de lealdade começou na distrital, quando o clube pisava os pelados lisboetas. E o mais engraçado é que já fez de tudo um pouco, inclusive papéis que nunca imaginou: “Cheguei a ser treinador de guarda-redes. Se me dissessem que um dia ia desempenhar essas funções… eu nem queria nem pensar nisso.” Se o seu cacifo no Estádio Dr. Mário Silveira – ali bem perto do Palácio Nacional – guardasse uma ardósia, nela estaria escrito ‘o mais importante é servir o clube’. Veja bem. Foi jogador, treinador de guarda-redes, adjunto e aos dias de hoje ainda... representa os veteranos dos mafrenses! “A melhor coisa que fiz foi ter vindo para aqui”, sublinha o antigo avançado, com uma simplicidade natural bastante característica. Chiquinho Carlos deixou o Brasil em 1986, atravessando o Atlântico para rumar ao Benfica. Chegou a Mafra somente em 1998, já depois de ter passado por V. Guimarães, Sp. Braga, V. Setúbal, Académico de Viseu e Atlético. Guardou as chuteiras em 2006/07, no Igreja Nova, outra turma do concelho, sendo que nessa altura já acumulava funções no Mafra, precisamente na equipa técnica. Ficou por ali desde então, sempre com a farda do ‘faz-tudo’.
*
FOI JOGADOR, TREINADOR DE GUARDA-REDES, ADJUNTO E ATUALMENTE AINDA ATUA PELOS VETERANOS DO CLUBE